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O Plano da Bruxa
O exército de
monstros inteligentes, liberados por Dragões Marciais e Dragões de Guerra, voa
pelo céu e corre pela terra enquanto o Rei do Oeste se move em direção à remota
cidade fronteiriça. Sophie e Tio então pensam em sua mãe que já havia saído
para interceptá-los.
Sophie: “Mamãe... ela vai ficar bem?”
Tio: “Mm... Eu tenho certeza que vai dar tudo
certo”
Faltam três dias
para O Dia de Visitas quando Shirley gentilmente acaricia suas cabeças com um
estranho olhar de piedade em seu rosto.
Shirley: “Tem um grande grupo de monstros vindo em
direção à cidade. Eu tenho que pará-los ou a cidade talvez não sobreviva, então
eu talvez não possa ir na visita de classe”
Sem lhes dizer o
que ela realmente estará enfrentando, a mãe delas parte.
Mesmo que O Dia de
Visitas que Shirley estava tão ansiosa não acontecesse, Sophie e Tio não se
importariam. Pois isso já está gravado em seus corações.
Sua mãe é uma
aventureira. Uma pessoa que é livre, mas ainda responde aos pedidos de ajuda.
Como poderiam elas, como filhas, se arrependerem de ter uma mãe que fica à
frente e defende as pessoas da cidade em tempos de necessidade?
Sophie: (Mas, para a Mamãe não poder ir no
evento que ela estava tão ansiosa para ir, é realmente tão sério assim?)
As pessoas
naturalmente se sentem desconfortáveis quando acontece algo que nunca aconteceu
antes. Especialmente se for aquela mãe que as criou sozinha.
Tio: “Está tudo bem”
Sophie: “Tio?”
É a gêmea mais
nova que fala primeiro para cortar aquele silencio de ansiedade.
Tio: “A Mãe vai ficar bem. Eu acho que ela
talvez até termine rápido, e apareça no Dia de Visitas como uma surpresa para
nós”
Vendo as mãos de
sua irmã mais nova tremerem no peitoral da janela, Sophie finalmente percebe.
Mesmo que ela
esteja colocando uma expressão corajosa em seu rosto, tentando fazer sua irmã
mais velha se sentir melhor, Tio também está preocupada.
Sophie: “... Yep, você está certa! Mesmo que leve
um pouco mais de tempo que o normal, ela ainda é nossa Mamãe!”
Sophie também
tenta aliviar o clima com uma resposta alegre. Ela não deve se preocupar, sua
mãe Shirley é a mais forte!
Mesmo que as duas
nunca a tenham visto lutar, elas ouviram todo tipo de contos majestosos dos
aventureiros sobre as suas façanhas.
Ela luta com a
graça de uma flor. Uma mulher que permanece incomparável no campo de batalha e
que extingue as vidas dos monstros onde quer que vá, a Espada Branca Demoníaca
não pode ser derrotada tão facilmente.
Sophie: “Então, devemos ir dormir agora? Se
ficarmos acordadas até tarde e a Mamãe descobrir depois, ela ficará zangada”
???: “Quem sabe... Essa hora talvez nunca
chegue, hm~?”
Sophie e Tio: “!?”
Uma voz ecoa
detrás das gêmeas, um lugar que estava em silencio a momentos atrás. Quando
elas se viram com medo, elas veem uma linda garota loira que parece ter a mesma
idade delas, parada ali com um sorriso encantador.
Canary: “Eu sinto muito por incomodar tão tarde,
vocês, filhas da Shirley. Eu tenho um pequeno assunto para discutir convosco”
Sophie: “Hm...?”
Tio: “A Mestre da Guilda... Qual é o nome
dela... Canary?”
Canary: “A própria. Vejo que não preciso
apresentar a mim mesma”
As duas conhecem
essa Bruxa anciã no corpo de uma jovem garota só por aparência. Elas escutaram
a Martha e a Shirley falando sobre ela, e espiaram ela visitando a Shirley uma
ou duas vezes no passado.
Sophie: “Um... O que você quis dizer antes? Sobre
não acontecer dessa vez?”
Canary: “O que é~? Realmente não sabes?”
A Canary que se
aproximou das gêmeas sem que elas notassem... Agora tem uma dolorosa expressão
em seu rosto.
Canary: “Vós nem mesmo sabes contra o que ela está
lutando?”
Tio: “... O que é?”
Tio percebe que
suor começa a escorrer por seus braços e se junta nos punhos que fecha
involuntariamente. A Bruxa perante seus olhos quase parece um prenuncio da
desgraça, uma profeta que só conta sobre as calamidades futuras.
Canary: “O Dragão que vem em direção à essa cidade
não é nada mais do que um Rei, comandando 10 Dragões vassalos e mais algumas
centenas de monstros. Aquela Shirley, foi lutar contra esse exército sozinha,
como um campeão de outrora...”
Sophie e Tio estão
sem palavras.
Elas nunca
conseguiriam imaginar a ideia da sua mãe ser morta. Mas, as palavras da Mestre
da Guilda pesam muito em suas jovens mentes.
Sophie: “Um Dragão Rei... e um exército de
monstros... Ela está lutando sozinha!?”
Tio: “...”
As histórias sobre
os Dragões Rei vêm sido passadas através de lendas. Não é difícil de imaginar a
situação desesperadora que é lutar contra isso sozinha, mesmo sem considerar o
exército ao redor.
A imagem de sua
mãe dando seu último suspiro em um campo de batalha desolado, no topo de uma
montanha de corpos. Quando elas começam a considerar isso se tornando
realidade, seus olhos começam a se encher de lágrimas com o desespero de tudo
isso.
Sophie: “Mamãe... Por que você...?”
Canary: “Por que? Porque é o que ela decidiu”
Canary olha nos
olhos das garotas e conta a elas.
Canary: “Ela fez isso para proteger a vós. Que
outro motivo ela teria?”
Tio: “Para nos proteger...?”
Canary: “Todas as coisas vivas, não só os humanos,
precisam de um lugar para chamar de lar. É tão simples assim abandonar a vida
que se construiu depois de tanto esforço? Não acho que seja. Como alguém pode
acreditar em sua própria força excepcional se o simples bater da asa de um
Dragão a força a fugir com suas crianças em seus braços?”
As garotas se
lembram do olhar de desculpas no rosto de sua mãe quando essa partiu mais cedo.
Elas pensaram que era por ela não poder ir ao evento da sala, mas na verdade ela
estava se desculpando pelo fato de que ela talvez não consiga voltar viva?
Canary: “Para o bem de suas filhas, nenhuma mãe se
importaria de sacrificar sua própria vida. Essa tem sido a maneira das mães
desde sempre. Para aquela pessoa, ela vai ao campo de batalha pelo bem de seus
futuros... Minha Deusa, ter corrido e morrido sem contar absolutamente nada às
suas filhas, isso deixa um gosto amargo na boca”
Suas tolas...
Mesmo que essas palavras rudes pareçam vir do fundo do coração... Não há uma
única pitada de tristeza na voz da Canary.
Mas toda essa
reação faz Sophie e Tio perceberem o tamanho perigo que sua mãe se envolveu, e
elas amaldiçoam sua própria fraqueza.
As duas querem
ficar fortes para que um dia possam viajar o mundo com sua mãe. Então, quando
se trata disso, a pouca idade delas é irrelevante.
Por que elas não
ficaram fortes o suficiente para ajudá-la? Esse sentimento de arrependimento as
perfura.
Canary: “Eu também desejo a ajudar.... Mas tal
coisa já está fora das minhas mãos. Não temos muito tempo a perder. Então, eu
as ofereço uma escolha”
Sophie e Tio: “E-Escolha?”
Canary propõe a
sugestão às duas garotas, com um sorriso enigmático.
Canary: “O que acham? Vocês podem pedir aos
aventureiros da Guilda para ajudarem-na, não? Se lutarem ao lado da Shirley,
talvez a maioria deles até consiga sobreviver e retornar para casa, hm~?”
Sophie: “M-Mas nós não temos nenhum dinheiro..”
Tio: “E nós não podemos pedir para mais pessoas
arriscarem suas vidas..”
Elas querem salvar
sua mãe. Mesmo que seja isso que verdadeiramente queiram, elas não estão na
idade em que possam pesar friamente vidas para realizar seus desejos.
Como se visse seus
corações, Canary gentilmente continua.
Canary: “Por que? Isso não é algo que precisam se
preocupar. Qualquer aventureiro que aceita uma missão conhece o risco em que
embarca. Eu providenciarei o capital... E tenho certeza que há vários
aventureiros que se imaginam como lendários matadores de Dragões, pelo menos
pela quantia certa de moedas, mm~?”
Responde Canary
decididamente. Claro, eles não são idiotas para trabalhar sem receber, mas que
tipo de aventureiro não sonha em ter seu nome escrito em uma lenda?
Ainda mais se a mulher
que desprezam está indo em direção à batalha para monopolizar toda a glória
para si mesma. Os aventureiros dessa cidade... Certamente há um grande número
deles que se sentem assim, e Canary sabe disso.
Canary: “Claro, eu tenho minhas próprias condições.
Afinal, um aventureiro não é um filantropo. Pelo ato de prover fundos, eu terei
de pedir algo de vós em troca... O que devo pedir de vós? O quanto estão
dispostas a salvar sua mãe? Seria um grande problema para mim perder uma
aventureira tão talentosa como a Shirley, sabe~?”
Ela as estende uma
pequena mão branca. Sua mãe está em perigo. Mesmo que não tenham ideia das
condições do acordo, elas já fizeram sua escolha.
Tio: “Por favor...!”
Sophie: “Por favor ajude a mamãe...!”
Sophie e Tio
agarram a mão da Canary e se curvam profundamente. Olhando para as garotas em
sua frente, A Bruxa Dourada tem um sorriso como uma lua crescente.
Uma parte da guilda onde ninguém da Casa do Déficit jamais pisou... Canary se teletransporta para seu quarto na filial dessa cidade remota.
Ela se senta em sua mesa com seus olhos fechados, perdida em pensamentos, e então, de repente, começa a rir ao se lembrar.
Canary: “Kukuku.... Kahahahahahaahahahaaaa! Brincadeira de criança! Isso foi muito fácil! Ou talvez eu deva dizer que foi tão trivial por eu ser extremamente incrível!?”
Se o Mal estivesse procurando por um comandante supremo, não teria que procurar muito se a visse do modo que está agora. Aquele rosto infantil está cheio de alegria nefasta.
Canary: “Para caírem tão facilmente no meu plano pelo bem uma da outra... Isso deve ser amor. Isso verdadeiramente deve ser amor!”
Para poder comparecer à visita de classe das filhas, ela aceitou ajudar e até mesmo concordou relutantemente em dever um favor à Bruxa, aquela mãe, que até mesmo consegue superar um Dragão Rei.
E temendo pela segurança da sua mãe frente a um exército de monstros, elas concordaram com as condições da Bruxa, as duas filhas da Espada Branca Demoníaca.
Não importa como você olhe para isso, é uma situação absurda, mesmo assim, Canary não liga para tais coisas enquanto suas gargalhadas de zombaria ecoam pela sala. O prazer que ela sente ao assistir aquela amorosa mãe e suas filhas dançarem na palma da sua mão é imensurável.
Canary: “Que seja! Então que seja! Os tocantes desejos dessa doce família, vou concedê-los por um preço!”
Ela ficará ocupada de agora em diante. Preparações para a defesa, preparar dinheiro suficiente para pagar reforços e achar as palavras certas para persuadi-los a arriscar suas vidas em primeiro lugar.
Não há ninguém que vá simplesmente jogar sua vida fora por dinheiro sem nenhuma razão. Desde tempos antigos, não tem sido só dinheiro e contratos que movem os aventureiros, mas sim o romance por trás de uma aventura.
E, para a Bruxa Dourada, é fácil arrumar ambos. Ela arrancará sua recompensa daquela Mãe e das suas filhas sem falta.
Canary: “Uma coisa de cada vez, eu preciso considerar a recompensa. Por hora, a compensação básica deve ser 100 moedas de ouro por cabeça. Depois disso, mais deve ser prometido por atos de mérito... 2 moedas de ouro por cada peão? E por um Dragão, 100 moedas? E pelo próprio Rei, 500 moedas”
Canary fala sobre essa quantidade absurda de dinheiro sem pestanejar enquanto faz anotações em seu caderno.
Canary: “Hm. Bom trabalho, se é que posso dizer... Infelizmente, aquele chefe careca da filial vai estar ocupado. Não importa o que ele diga, não está nem perto de ser o suficiente. Tentando esconder sua vergonha com aquela peruca”
O segredo bem guardado do chefe dessa filial é revelado levianamente, mas por sorte ninguém está por perto para ouvir.
A propósito, o chefe da filial está apenas tentando reduzir o fardo sobre si mesmo, pressionando seus funcionários ao ponto de estresse para conseguir promover aventureiros relutantes de ranque B para o ranque A, porque ele próprio está constantemente sendo envolvido nos caprichos da Canary.
Canary: “Agora, é quase a hora para as coisas progredirem. Em breve eu poderei testemunhar o rosto da Shirley se contorcendo em humilhação! Kukukuku! AHAHAHAHAHAHA!!”
Com uma batida, um plano de projeto que havia sido preso com um grande clipe é jogado em cima da mesa.
Escrito na capa em chamativas letras pretas estão as palavras [CAFÉ DE EMPREGADAS]
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