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Presságio
???: “Desculpe pela demora. Por favor entre,
Miss Shirley”
Shirley: “Sim”
Meio hora antes de
escurecer, e depois de ela ter cortado a cabeça do general Ogro que ameaçou
atacar a cidade, Shirley entra na sala dos fundos da igreja atrás da Guilda de
Aventureiros, que está sendo usada como uma sala de reuniões.
???: “Obrigado pelo seu trabalho duro. Por
favor, sente-se”
Um homem da Guilda
está sentando próximo a um sacerdote na sala, com uma grande pilha de papéis na
mesa em frente deles.
Uma forma simples
de descrever o trabalho que esses homens fazem é: garantir que trabalhos que
são reportados como completos estejam realmente finalizados.
Diferente das
missões simples, como procurar metais preciosos ou ervas medicinais, qualquer
pedido que envolva a subjugação de monstros ou demônios deve ser verificado com
a presença de um sacerdote.
Sacerdote: “... 《Verdade➔Penetre》...
Nós estamos prontos para começar. Quando você estiver pronta”
Seguido desse
pequeno encanto, o sacerdote segura seu pequeno báculo, cuja ponta começa a
brilhar.
A magia clerical
que é usada em serviço da Deusa, conhecida como Mãe Etérea, tem muitas
aplicações práticas, indo desde curar feridas a até se livrar de maldições, e é
usada em várias profissões, se estendendo desde os aventureiros até ao governo.
Dessa vez, o
sacerdote usa [Pressentir Mentira] para poder distinguir a verdade da
falsidade.
A Guilda não
aceita troféus, como chifres e orelhas, como prova de que a missão foi
concluída. E não é nem necessário dizer que ter aventureiros andando pela
cidade com várias cabeças frescas criaria medo em qualquer observador.
É muito mais fácil
e prático confirmar a verdade usando magias como essa, do que depender da prova
física que em alguns casos pode ser pesada demais para se trazer de volta para
a cidade.
Homem: “Então, por favor, faça seu relatório, se
quiser”
Shirley: “A missão de hoje foi eliminar um Ogro
cujo território começou a se expandir gradualmente em direção à cidade, assim
como a eliminação dos monstros subordinados a ele. Além do próprio Ogro, eu
também exterminei 24 Goblins e 13 Lobos Gigantes. Até onde sei, nenhum deles
escapou”
Enquanto Shirley
desinteressadamente reporta a informação sem pausas, o sacerdote concorda com
sua cabeça intermitentemente.
Sacerdote: “Eu juro pela Mãe Etérea que as palavras
dela não contém traição”
Homem: “Entendido. Bom trabalho lá Shirley.
Agora, como sempre, leve isso com você”
Terminado seus
negócios, Shirley recebe um relatório com uma insígnia vermelha de uma espada e
uma varinha cruzadas... o emblema da Guilda.
Entregar isso à
recepção oficialmente completa a missão, e o aventureiro é pago na mesma hora.
Esse tipo de relatório de vários estágios não existe desde sempre, foi
implementado bem cedo, depois de várias ocorrências de aventureiros
fraudulosamente afirmarem terem concluído as missões.
Shirley: “Eu completei a missão”
Yumina: “Obrigada pelo seu trabalho duro! Derrotar
o Ogro sozinha significa que você ganha a recompensa que era para uma equipe
inteira!”
Depois de olhar
pelo canto do olho para a fila de aventureiros esperando para conversar com
Yumina atrás dela, Shirley dá uma rápida olhada, confirmando o pagamento, e sai
sem falar nada.
Enquanto ela
caminha para casa, o céu da tarde lentamente ganha um tom de vermelho, o sol
poente ainda ilumina as brilhantes ruas. A missão terminou mais cedo do que ela
esperava, e ela entusiasmadamente pensa sobre o que vai fazer de jantar para as
suas garotas.
Depois de deixar
sua recompensa na pousada, ela volta, sem nem mesmo dar tempo para seus pés
descansarem, em direção à agitação dos mercados que ainda operam com a pouca
luz restante do dia.
Enquanto a
produção de armaduras, armas, melhorias de drogas e poções de cura seja muito
ativa nessa cidade fronteiriça, o suprimento de comida é proporcionalmente
escasso.
Embora existam
pastos ao redor da cidade, eles não conseguem suprir a demanda sozinhos. A
única maneira de suprir essa cidade fronteiriça com comida suficiente para
sobreviver é importando de cidades e áreas rurais próximas, que,
inevitavelmente, acabaria aumentando o preço... Se não fosse pela Guilda
subsidiando fortemente os mercadores que fazem a viagem.
Por esse motivo, a
comida aqui é mais barata do que no lugar em que foi feita.
Shirley: “Esse queijo realmente é barato, não é?”
Misturada entre as
donas de casa lutando pelos produtos mais baratos, a linda mulher com cabelo
branco e olhos diferentes parece incrivelmente fora do lugar.
Ignorando
completamente os olhares dos transeuntes, ela vai de uma tenda à outra
procurando por pechinchas.
Shirley: “Huhu...”
A boca da Shirley
se torce em um sorriso estúpido enquanto tem seus braços cheios de sacolas que
contém vegetais, queijo e frango, comprados com algumas das moedas ganhas pela
batalha de hoje.
A pousada
disponibiliza farinha e ovos para uso. Da última vez foi ensopado de carne, a
comida favorita da Sophie. Então dessa vez o jantar vai ser o favorito da Tio,
torta de carne.
Ir a um mercado,
comprar ingredientes e pensar em receitas para suas filhas... É uma vida que
ela nunca poderia imaginar como uma nobre ou como noiva do Príncipe herdeiro.
Mas, só de pensar
no sorriso feliz das suas filhas já é o suficiente para fazê-la passar o dia.
Sophie: “Ah! Mamãe!”
Sophie chega
correndo atrás dela enquanto ela volta para casa com as suas compras.
Sophie: “Bem vinda de volta! O seu trabalho de hoje
já acabou?”
Shirley: “Sim. A Tio não está com você?”
Sophie: “Nop. Ela disse que tinha algo para fazer”
Se lembrando dos
eventos dessa manhã, o lado demoníaco da Shirley começa a escapar um pouco, mas
em pânico, ela o restringe.
Se é a escolha da
sua filha, ela não tem direito em interferir...
Sophie: “Ah, é o jantar de hoje?”
Shirley: “Isso mesmo, eu estou pensando em fazer
torta de carne”
Sophie: “Boo... Ensopado de carne seria melhor”
Mesmo que ela
esteja, de certa forma, tentada por aqueles grandes e azuis olhinhos de
cachorro que Sophie brinca ao fazer, seu desejo de ser justa como uma mãe a faz
rejeitar o pedido de sua amada filha.
Shirley: “Nós tivemos ensopado ontem, então hoje
vai ser o favorito da Tio”
Sophie: “Acho que não posso fazer nada... Como uma
irmã mais velha, eu tenho que ser gentil!”
Shirley: “Se é assim, você pode fazer a gentileza
de levar uma dessas sacolas?”
Uma cena de mãe e
filha andando lado a lado, com a luz do sol poente refletindo em seus brancos
cabelos. Com suas roupas comuns e aparência gentil, elas parecem com uma
família normal e feliz.
Deixando de lado
sua beleza estonteante, elas são só uma alegre família que você pode achar em
qualquer lugar. Se você não as conhecesse, você nunca pensaria que aquela mãe é
uma guerreira que se banhou no sangue de monstros algumas horas atrás.
Sophie: “Ah”
Sophie para de
repente. Ao longo da linha de lojas, Sophie encara a loja que vende vários
ornamentos e joias.
Shirley: “Tem algo sobre aquela loja?”
Sophie: “Eh!? Ah, não, não é nada!?”
Shirley: “...”
Enquanto passam
pela vitrine da loja, Shirley não deixa de notar o rosário incrustado de jade
que é colocado como peça de exposição.
Caso Sophie
quisesse comprar um acessório simples para a escola, ela poderia compra-lo já
que ganha uma moeda de ouro como mesada..., mas parece que ela tem interessa na
coisa genuína, e não em uma réplica barata.
Shirley: (Diga-se de passagem, aqui no Reino tem um
certo costume para quando alguém atinge a maturidade, não tem...?)
Embora Shirley não
conheça todos os detalhes, já que nasceu no Império, no Reino há um costume de
presentear sua criança ou estudante de magia e artes marciais, um presente
encravado com seus nomes quando eles atingem a idade adulta.
Algo em que eles
podem se agarrar e lembrar de você, mesmo estando separados. Tentando mandar
bençãos a aqueles que se mudaram para longe, algumas pessoas vão longe até o
ponto de mandar, todos os dias, novos itens encravados para esses jovens.
Shirley: (...Talvez seja uma boa ideia me preparar
desde cedo?)
Shirley faz sua
decisão.
Não é sábio se
comprometer com despesas em um futuro longínquo, quando você não tem nem mesmo
certeza do que vai acontecer amanhã.
Mas, para suas
duas filhas, que ela passou por tantas dificuldades para trazer ao mundo, ela
não poupará despesas.
Shirley: (Eu mesma vou juntar os materiais e vou
contratar o melhor artesão do país... Vai ser a declaração definitiva de amor
materno...!)
Mesmo que itens
simples de madeira ou comprados em loja normalmente sirvam, a aventureira
conhecida como a Espada Branca Demoníaca jura que suas filhas só terão o melhor
de tudo.
Nem mesmo o nobre
mais obsessivo do mundo iria reunir todos os matérias ele mesmo, mas
infelizmente, não há ninguém para dizer isso.
Shirley: (Para começar, eu deveria ir até a Mina
Jewelsaad... Pensando bem, não é lá um dos lugares que a Yumina disse que
encontraram um Dragão?)
Shirley imagina
uma recepcionista aceitando, com lágrimas nos olhos, o formulário de registro
de missão, como se fosse a coisa mais feliz que já aconteceu com ela.
A Mina Jewelsaad
pode ser descrita como um baú de tesouros naturais, contendo grande parte do
suprimento natural de gemas preciosas e metais raros do Reino.
Mas devido a ser
muito remota e ter cavernas extremamente profundas, tornou-se um local habitado
por muitos monstros, e aparentemente por um Dragão, então na verdade ninguém
pode reivindicar propriedade de lá.
Mesmo que cada
mercador, nobre e membro da família real não deseje nada mais além de reivindicar
os tesouros da montanha para si, devido às dificuldades envolvidas, eles não
têm escolha a não ser pedir para que os aventureiros os recolham.
Shirley: (E além disso, também tem a recompensa da
Guilda..., mas que sorte. Amanhã de manhã eu vou aceitar a missão e então vou
ir minerar algumas gemas... E suponho que também posso matar o Dragão depois.)
Para Shirley, todo
o assunto envolvendo o Dragão não é prioridade. Enquanto sua mãe tem seu dedo
em seus lábios ao contemplar o trabalho do próximo dia, Sophie inclina sua
cabeça para o lado e pergunta:
Sophie: “Mamãe? Tudo bem? Você está quieta já faz
um tempo...”
Shirley: “Ah, não se preocupe, não é nada”
Querendo manter
segredo, Shirley entra novamente na pousada com sua filha.
Conforme a noite vem, e o número de aventureiros em fila lentamente diminui a nada, Yumina fecha a loja por hoje com um pesado suspiro.
Hoje ela foi repreendida pelo chefe regional da Guilda.
Chefe: “Por diabos você não promoveu a Espada Branca Demoníaca para o Ranque A, sendo que ela é mais forte que todos os guerreiros!?”
Ou algo nesse sentido.
Normalmente a guilda respeita as decisões dos seus membros, portanto existem muitos guerreiros fortes no ranque B, que não tem desejo de serem promovidos ao ranque A e perder sua liberdade.
Embora Shirley se considere outra desses amantes de liberdade do ranque B, a Guilda não pode simplesmente ignorar uma pessoa que faz uma equipe de Elite de ranque A parecer uma piada, ao derrotar monstros de classe Calamidade sozinha. A Guilda começou a colocar uma pressão gigantesca na Yumina para que a promoção seja feita.
Yumina: “Ahhh droga... Mesmo que eu esteja tentando o meu melhor, eles têm alguma ideia do quão teimosa ela é?!”
Yumina repete uma maldição em sua mente para que o chefe regional sofra de calvície prematura.
Yumina: (Mas, honestamente, tem um pouco de verdade no que o chefe disse)
Mesmo que ela mesma não seja uma mãe, como uma mulher, ela consegue simpatizar com a Shirley querendo gastar o máximo de tempo possível com suas filhas.
No entanto, a Guilda de Aventureiros é uma organização dedicada a salvar pessoas, e para isso, são precisos guerreiros habilidosos em que se possa contar para lidar com as emergências.
Yumina conhece a Shirley por mais de cinco anos, e desde que ela foi designada para esta cidade, Shirley sempre esteve no ranque B.
Shirley, aquela que matou o Furioso Dragão Negro que habitava nas montanhas, tomou a cabeça da Horrenda Princesa Vampira, e limpou uma masmorra considerada impossível, ela fez todas essas coisas, sozinha. Yumina sente uma admiração profunda por essa mulher que conseguiu conquistar tudo isso.
Não importa o quão impaciente a Guilda esteja para promove-la, mesmo que ela atenda os pré-requisitos de formar uma equipe para a promoção para o ranque A, ainda há o problema da sua total falta de disposição para avançar nos ranques.
Yumina: (Eu espero que ela pelo menos forme uma equipe algum dia...)
Mas a capacidade da Shirley para cooperação parece ser incrivelmente baixa, mesmo que ela faça seu melhor para restringir aquela atitude dela, ela não tem muitos conhecidos para falar com.
Ela raramente conversa com outros aventureiros e nunca foi convidada para uma equipe. E isso tudo é natural.
Não importa o quão incríveis as habilidades e aparências de alguém possam ser, para os aventureiros, ter alguém que não consegue trabalhar em equipe no seu grupo é o mesmo que desejar a morte.
Nenhuma equipe quer se sabotar adicionando um elemento tão instável à mistura. É difícil de defende-la se você olhar por esse lado.
No entanto, ela ainda vai continuar a encorajar a Shirley para encontrar uma equipe. Talvez, se ela for guiada no sentido de cumprir os requisitos para se tornar uma aventureira de ranque A, e com muita persistência, ela também acabe aceitando a promoção.
Isso é o que Yumina espera alcançar.
Yumina: “Um aventureiro que pode trabalhar e se dar bem com a Shirley.... Que ainda não está em um grupo... Certo!”
Mesmo que o horário comercial da Guilda já tenha acabado, ela é a responsável por fechar tudo hoje. Então ninguém vai reclamar se ela sair tarde.
Yumina pega uma ferramenta mágica de trás do balcão. É um amplificador magico que está conectado a um fio, ele permite que alguém fale com outra pessoa que tenha um aparelho semelhante a muitos quilômetros de distância.
Yumina: “Alô, bom di- Espere, não é isso. Mestre da Guilda? Sim, tem algo sobre o qual eu preciso pedir a sua permissão...”
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