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O Jovem Aventureiro de Antes




O mundo é inerentemente um lugar cruel.
Quando os monstros atacam inconscientemente ou algumas vezes com uma misteriosa inteligência, seus instintos lhes dizem que a humanidade não é mais do que uma pequena presa.
Não são os cavaleiros e aventureiros que normalmente são consumidos por essa cadeia alimentar, são as mulheres e crianças que não tem meios de se defenderem.
Coisas como ética e moral são irrelevantes para eles. Preferem o som dos gritos e a sensação de rasgar a carne macia... É obvio o porquê dos monstros preferirem as vítimas fáceis.
É por isso que os pequenos monstros observam cuidadosamente as macias crianças, e esperam pelo momento em que se separam dos adultos para atacar.
Os gritos e choros ecoam. E é seguido pelo som de carne sendo dilacerada. As pequenas crianças que não voltarem logo para casa serão cozidas e comidas pelos Goblins.
Coisas como essas são comuns nesse mundo.
Os fracos são carne e os fortes os devoram. Não importa quanta lei e autoridade os humanos reivindiquem, esse é um fato inevitável.
Nesse mundo, tudo está sob o risco de ser morto por um monstro. Claro, isso também se aplica aos próprios monstros.

Kyle: “Fua~... Certo”

Uma pequena ravina do lado de fora da remota cidade. Tendo recebido uma missão de caçar um Goblin que sequestrou uma galinha de uma vila próxima, Kyle aperta sua mão trêmula e tenta controlar seu corpo hesitante.
Mesmo que os Goblins sejam considerados monstros pequenos, eles podem se multiplicar rapidamente se forem deixados de lado. Mesmo que a Espada Branca Demoníaca tenha acabado com todos os ninhos próximos da cidade, os Goblins estão começando a ressurgir. Vieram eles de mais longe ou uma Rainha sobreviveu?

Kyle: “Um ninho de Goblins, huh”

Através de um binóculo, ele vê os dois Goblins que ele está seguindo entrarem em uma grande caverna.
Os monstros que todos dizem serem os mais fracos. Para ele, são uma fonte de medo e terror implantada por suas memórias.
Ele consegue ver quando fecha seus olhos. Ele vê seus companheiros, que fez amizade em sua primeira aventura, serem atormentados e mutilados por Goblins, e o Dragão que surgiu do chão para destruir todas as suas esperanças.
Depois de experenciar tamanho terror, Kyle seriamente considerou desistir de ser um aventureiro de uma vez por todas.
Com somente 15 anos, aquele encontro com a primitiva crueldade poderia tê-lo feito perder confiança em si mesmo e em suas habilidades.

Kyle: (...Mas, ainda assim!)

Mesmo que o medo ainda permaneça, ele não pode durar para sempre.
E ele anseia pelas costas daquela espadachim de cabelo branco que apareceu em seu momento de necessidade.
Mesmo que você diga que a sua razão é estúpida, Kyle ainda é um homem. Além de ajudar a sustentar o orfanato que o criou, ele também se juntou à Guilda para sentir uma verdadeira liberdade e ganhar reputação.
Se seu objetivo principal fosse o primeiro, as pessoas o chamariam de sábio e maduro para a idade. Mas como o que o leva para frente é o segundo, é natural que seja chamado de idiota.
Depois de considerar suas opções, Kyle escolheu continuar sua vida como um aventureiro e tentar alcançar a mulher que ele admira.
Mesmo que ele ainda não seja destemido como ela. Mesmo que suas lutas ainda não se possam comparar ao balé daquela espada. A sua jornada ainda está só no começo.
Kyle confere novamente seus equipamentos antes de partir.

Kyle: “Espada, pronta!”

Uma pequena espada de ferro que ele afiou especialmente para esse dia.

Kyle: “Escudo, pronto!”

Um feio, mas prático, broquel que o serve bem.

Kyle: “Armadura, pronta!”

Um capacete de metal barato cobrindo sua cabeça e armadura de couro enrijecido. Por ele não ter fundos, ele confeccionou braceletes e caneleiras de couro para si mesmo, amarrados firmemente para que não caiam durante a batalha.

Kyle: “Todas as poções, prontas!”

Aliviadores de dor, antídotos e até mesmo uma pequena poção de recuperação de energia que ele comprou com seus últimos trocados.

Kyle: “Mesmo que eu não ache que vá usá-los, equipamento de aventura pronto!”

Três garrafas de água, um rolo de corda e uma faca de sobrevivência.

Kyle: “Tudo certo, vamos lá!”

Ele dá um tapa em suas bochechas tentando se animar.
Ao ver Kyle passar por esse pequeno ritual, um aventureiro que não sabe sobre o seu passado provavelmente riria.
Mas Kyle não liga para esse tipo de coisa. Para ele, isso não é uma simples exterminação de Goblins, é sobre ele enfrentar os seus próprios monstros pessoais.
Ele não pretende morrer, mas não importa o que aconteça nessa caverna, ele não pretende deixar nenhum arrependimento. Não mais.

Kyle: “《Irradie➔Globo》”

Ao comando do Kyle, uma pequena esfera de luz aparece em sua mão e ilumina a caverna ao seu redor.

Kyle: “Eu poderia ter salvado um pouco de energia mágica trazendo uma tocha, mas eu tenho que manter a mão livre”

Como a energia mágica é extraída de fora do reino físico, alguém que procura aprende-la deve aceitar seu poder para conseguir manipular a regras desse mundo em um nível psicológico.
Quando a existência mais antiga imaginou o material no imaterial, foi quando esse mundo se criou.
Essa é a forma na qual as pessoas normais usam para unir o mundo físico com o mágico. Durante um longo período de séculos, vários processos foram criados para treinar as pessoas na manipulação do conhecimento e do poder mágico para poder manipular esse fenômeno, e então a magia se tornou uma espécie de arma.

Kyle: “Ainda assim, 《Clarão》 é uma magia muito simples, eu realmente tenho um longo caminho a percorrer. Aquela pessoa nem mesmo usou encantos para criar aquelas espadas, usou?”

Como parte da preparação mental para usar magia depende da sugestão verbal, usuários de magia normalmente dizem seus encantos em voz alta quando os usam. Mas um verdadeiro mestre pode simplesmente usar o movimento de suas mãos para conjurar, assim como a Espada Branca Demoníaca faz.

Kyle: “Bom, não adianta lamentar sobre algo que eu não tenho”

Mande tais pensamentos embora, foque nos Goblins. Já que os Goblins são muito sensíveis à luz, uma vez que vivem grande parte das suas vidas em cavernas, Kyle diminui a intensidade da sua magia de luz ao nível de uma tocha.

Kyle: “Sem armadilhas... por hora”


Goblins não são monstros que fazem armadilhas, mas eles geralmente são os mais astutos em escondê-las.
Tendo aprendido com sua inexperiência em sua primeira aventura, Kyle perguntou a aventureiros veteranos da Guilda várias coisas sobre inúmeros monstros, e principalmente sobre os Goblins.
Mal escapamos com vida quando enfrentamos uma multidão de Goblins, pensando que não eram mais fortes do que crianças, disseram.
Eles fizeram um som para que nos distraíssemos e olhássemos para o outro lado, e então nos cercaram, um da nossa equipe foi morto, disseram.
Quando eu pensei que eram só Goblins, um ogro massivo apareceu, disse ela.
Eu fui pego em um movimento de pinça porque os Goblins apareceram atrás de mim, disse ele.
Existem poucos aventureiros que não conhecem alguém que foi cruelmente morto ou mutilado por um Goblins. E claro, o próprio Kyle não é um deles.
Um monstro com físico e inteligência de uma criança. Qualquer um que desprezá-los inevitavelmente se tornará sua vítima.
Mesmo que na nota da missão dissesse que os Goblins só foram vistos recentemente e que seus números provavelmente são poucos, lidar levianamente com essa missão seria um insulto grave aos seus falecidos companheiros. Kyle abre caminho pela caverna levando em conta cada detalhe, conferindo as paredes por qualquer entrada secreta e observando o chão para ficar de olho em armadilhas.

Goblin: “Gyagya”
Goblin: “Gobu”
Goblin: “Che!”

O som dos Goblins tagarelando quase o faz gritar, mas ele consegue abafar sua voz colocando sua mão sobre a boca.
Enquanto ele minimiza a luz da tocha e ouve a incompreensível linguagem aos ouvidos humanos, ele percebe que só há dois falantes.
Ambos provavelmente já estão armados.

Kyle: “...Fuu... Haa...”


Tendo um vislumbre do seu desespero anterior ao piscar, seu medo vem à tona e sua respiração se torna irregular.
Fazendo seu melhor para controlar seus dentes que batem e suas mão trêmulas, ele se apronta de trás dos dois monstros.

Kyle: (Eu vou usar [bola de fogo] e então... Não, espere, ainda não)

Prestes a atacar por trás usando magia, ele se para. Ainda não é hora de usar um pouco da sua magia.
Mesmo que supostamente isso seja um ninho de Goblins, não há como dizer o que mais pode estar se esgueirando por aqui. É melhor ser cuidadoso e guardar energias.
Isso é algo que ele aprendeu da pior maneira. Mas, sem parar para pensar nisso, Kyle pega uma pequena pedra.
Jogando-a levemente, ela bate na parede e faz soar um alto eco pela caverna.

Goblin: “Gobbut?”
Goblin: “Ge?”

Os Goblins andam na direção do som... Onde ele se esconde em uma emboscada.
Ele espera pacientemente, enquanto ouve os lentos passos dos Goblins, estimando quantos passos há entre ele e os monstros.
Kyle coloca um de seus joelhos no chão e espera o Goblin dobrar a esquina. E no momento em que o abominável monstro com aparência de criança mostra seu rosto, ele aumenta a luminosidade de sua magia de luz e o empurra contra sua lâmina.

Goblin: “G-gah!?”
Goblin: “Gobuku!?”

A curta espada atravessa diretamente a garganta do primeiro Goblin.

Goblin: “Gagu- gyu... go!!”

O choque da espada batendo contra a junta de ossos percorre o braço da espada.
Ele planejava avançar depois do seu primeiro ataque e cortar a cabeça do segundo Goblin, mas sua lâmina corta a garganta de forma errada e atinge a fileira de baixo dos dentes.
Talvez tenha sido sorte sua lâmina ter ficado presa nos dentes. Se sua espada tivesse atravessado a boca do monstro, e sua mão seguido junto, ele talvez recebesse uma dolorosa ferida e uma infecção fatal.

Kyle: “Mas é claro que que não consigo fazer nada igual a ela, não é?!”

Tentando imitar a técnica de espada da Espada Branca Demoníaca, ele tenta mirar diretamente nos pontos vitais em um único golpe, mas ele é frustrado por seus esforços.
É surpreendentemente difícil atacar os pontos vitais de oponentes em rápida sucessão. Não importa o que você consiga enquanto pratica, usar essas habilidades em combate real precisa de muita experiencia.

Kyle: “Com relação à magia, eu preferiria não usar caso não precise... Por hora, vou só treinar com a espada. Se eu praticar o suficiente, talvez algum dia eu seja capaz de fazer esses movimentos”

Kyle é otimista, mas na realidade, ele está sendo ingênuo.
Enquanto ele avança pela caverna, ele repete o mesmo truque em qualquer Goblin que ele encontre.
No entanto, quanto mais você a usa para eliminar inimigos, mais rápido você perde a afiação da lâmina, especialmente se atingir o osso.
Se você olhar de perto, vai ver que a ponta da espada já está quebrada. A quantidade absurda de sangue que escorreu pela lâmina já está fazendo o cabo escorregar.

Goblin: “Gobbu!?”
Kyle: “Gah!? Ah não!”

E quando ele percebe, já é tarde demais.
Quando ele tenta emboscar o seu 10° Goblin, a sua espada erra o alvo devido à fadiga em seu braço, e quando a lâmina atinge o ombro do Goblins, a arma ensanguentada escorrega da sua mão.
A espada retine ruidosamente no chão ao cair. O Goblin com uma grande laceração em seu ombro revida com raiva com um porrete.

Kyle: “Uw, uwaaaa!?”

Kyle dá-lhe um soco em pânico. Mesmo que esteja muito longe do golpe de uma espada, o Goblin tem a altura certa para um soco ser eficaz.
Os dois golpes se cruzam. O porrete bate no bracelete de madeira do Kyle e seu punho vai direto ao rosto do Goblins.
Desse ponto em diante, é apenas uma bagunça. Segurando o Goblin com o seu pé, Kyle bate incansavelmente com seu punho.
Kyle está tomado pela adrenalina e não percebe a sensação dos ossos quebrando e da carne esfolada sob os nós dos dedos, então, mesmo depois do Goblin já ter morrido, ele continua batendo por um tempo, até se acalmar.

Kyle: “Haa... Haaa... Whew. De uma forma ou de outra, funcionou...”

Pegando a espada que escapou de suas mãos e examinando-a com sua luz, ele percebe um grande rachado, feito por ela ter caído no chão em um ângulo ruim.
É uma espada barata de ferro que ele comprou do barril de barganha no ferreiro. De certa forma, o fato de ela ter derrotado cerca de 10 Goblins antes de quebrar é impressionante, mas ele ainda não chegou na parte mais funda da caverna.

Kyle: “Uma arma nova realmente seria conveniente”

Ele pensa em usar as espadas e lanças dos Goblins, mas essas armas estão todas enferrujadas e são de péssima qualidade.
É enquanto ele lamenta sobre isso que seus olhos caem sobre o porrete do Goblin que ele acaba de matar.
Pegando-o em sua mão, ele dá alguns golpes de prática. Quando se trata de dar um único golpe fatal, uma arma afiada sempre vai ganhar de algo que parece ter sido feito de uma árvore.
Mas a sensação de segurança que se tem ao não ter de se preocupar se sua arma vai quebrar ou não no próximo impacto não pode ser superada.

Kyle: “Mas honestamente, isso não é como as aventuras que eu sempre imaginei”

A espada é a arma do herói dos livros, e o porrete é a arma dos diversos capangas que estão condenados a serem abatidos. Claro que ele quer ser o primeiro.
Mas, mesmo que não seja o ideal, ele não é tolo o suficiente para fazer uma decisão errada agora.
Tocando sua nova arma com sua mão, Kyle avança caverna a dentro.

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