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Epílogo
Shirley: “Então, quais são suas últimas palavras?”
Canary: “Espe-!? Isso não está indo longe demais
para uma piada!?”
Sua atmosfera de
uma encantadora e misteriosa jovem está se desintegrando.
Shirley ficou completamente
sem palavras quando suas duas filhas a abraçaram em lágrimas quando chegou em
casa, e assim que ouviu toda a história, fez seu caminho até a Guilda.
Canary, que tentou
escapar usando magia de teletransporte, foi amarrada e pendurada de cabeça para
baixo em um galho. Embaixo dela, um grande caldeirão cheio de água fervente é
colocado como punição.
Canary: “Queeeeente!?! Você não pode subir um
pouco a corda!? O vapor é muito quente!?!”
Shirley: “Isso não vai te matar, certo? E pensar
que você se intrometeu com as minhas filhas...!”
Canary: “Pare! Pare de espetar com a espada!!!”
Shirley demonstra
sua raiva abertamente ameaçando cortar a corda que mantém Canary em cima do
caldeirão com suas lâminas duplas, Igarima e Shul Shagana.
Aliás, Canary não
pode escapar usando magia. Porque a Shirley simplesmente cortará a magia que
ver em duas no momento em que ela tentar qualquer coisa.
Shirley: “Esse contrato duplo, o que é? O que no
mundo você está planejando? Dependendo da sua resposta...”
Por mais que
queira simplesmente cortar a corda, ela decide pelo menos escutar a desculpa da
Canary, já que sem a Bruxa, ela não seria capaz de ir ao Dia de Visitas.
Canary: “N-Não é nada perigoso! Eu só queria que
vocês 3 servissem de modelos para a inauguração da primeira loja do meu café de
empregadas!”
Shirley: “Café de empregadas?”
Empregadas e café.
Shirley parece confusa com essa junção de palavras, tentando imaginar por que
se colocaria as duas juntas.
Canary: “Você não gosta da ideia? Parece que as
pessoas importantes da capital mudaram seus gostos e andam pensando [Eu quero
ser servido por uma empregada]. Investigando além, parece que até mesmo os
plebeus tem certo afeto por essas serviçais. Então, eu planejo estabelecer uma
franquia que busca entregar tais desejos e esperanças ardentes a todas as
pessoas do Reino.”
Shirley: “Ha...”
O desejo desses
homens... Shirley realmente não consegue se identificar.
Embora ela não
consiga realmente entender o que há de graça nisso, tendo crescido entre
empregadas todos os dias por 18 anos, ela não pode negar os fatos se é isso que
o homem comum deseja hoje em dia.
Shirley: “Então, você quer usar a mim e minhas
filhas para testes de publicidade?”
Canary: “Exatamente~! Ter 3 beldades com a mesma
cor de cabelo... Não é o teste perfeito para uma nova loja, mm~? Eu planejo
fazer uma celebração comemorando a derrota daqueles Dragões, e tudo que quero é
que você e suas amáveis filhas recebam os foliões~!”
É engraçado pensar
na pessoa que liderou a batalha servindo mesas na festa de celebração à essa,
contudo, mesmo que seja algo fácil de recusar já que ela não tem nenhum
interesse em fazer isso, Shirley ainda geme com uma carranca.
Sendo franca, ela
não tem intenção de perdoar a Bruxa em sua frente por enganar a Sophie e a Tio,
mas ela não pode negar que isso talvez seja bom para elas ganharem um pouco de
experiencia em servir clientes.
Simplesmente mimar
suas crianças e fazer tudo por elas não é uma forma de cria-las. A teoria da
Shirley diz que experiencia de trabalho é um dos pilares da educação de uma
criança.
Mesmo que elas
tenham sido enganadas para fazer isso. Enquanto se pergunta o que fazer, Canary
se contorce como uma lagosta sendo segurada acima da panela e grita.
Canary: “Para começo de conversa, você já não
assinou o contrato!? Mesmo que elas sejam crianças, recusar será uma quebra de
contrato, sabia!?”
Shirley: “Bom... Depois de ouvir os detalhes, se
minhas filhas concordarem com isso, eu farei. ...Não que eu esteja perdoando
seu comportamento vigarista.”
Canary: “De fato, de fato! Então agora, se
pudermos ver a questão dessas cordas, eu posso-”
Crrrrrack!
Um som
desagradável é produzido pela quebra do galho. Parece que ele não conseguiu
suportar o peso da Canary enquanto ela se debatia.
Canary e
Shirley: “Ah.”
As vozes surpresas
das duas saem ao mesmo tempo.
E com um enorme splash,
a Bruxa Dourada que retém a economia do mundo na palma mão mergulha no
caldeirão, jogando água quente para todo lado.
O ensopado de
Bruxa finalmente se concretiza, e o ingrediente principal, que saiu correndo e
gritando de dentro da panela, só é visto novamente no próximo dia.
E agora Canary, que restaurou seu corpo completamente à uma condição impecável, não restando nem mesmo uma única queimadura, usando magia, está em frente dos aventureiros em uma alegria jubilosa, uma caneca de cerveja em mãos.
Canary: “Senhores e Senhoras! Deixe-me dar meus parabéns pela vitória mais uma vez! Esta noite existe para comemorar seus espíritos... Então bebam e celebrem!”
Ela levanta a caneca ao ar e a festa começa.
Canary: “A vocês, os honoráveis e bravos guerreiros! À Espada Branca Demoníaca que liderou a batalha! Às suas futuras conquistas! Saúde~!!”
Aventureiros: “SAÚDEEEEEE!!!!!”
Os outros 2 ataques dos Dragões Reis foram repelidos pela união de aventureiros com habilidades super-humanas.
Os aventureiros que receberam a notícia estão agora dando uma festa no salão de jantar alugado na Casa do Déficit.
Embora tenham ocorridas muito menos baixas do que o esperado devido à magia de criação de mundo, isso não significa que não houve nenhuma.
Mesmo que aqueles que receberam feridas leves estejam participando da festa, muitos ainda não recuperaram a consciência devido à seriedade das suas feridas, além daqueles não nem mesmo retornaram.
É por isso que os aventureiros celebram. Na esperança de sua festa barulhenta ajude a acordar aqueles que dormem.
É por isso que os aventureiros cantam. Na esperança de que seus refrões e baladas de bravos feitos sejam ouvidos por seus camaradas caídos no pós vida.
Canary: “Agora, é tolice dar uma festa sem garotas bonitas para atender nossos bravos heróis. Por hoje, eu realmente passei por MUITO PROBLEMAS para trazer a vocês essas adoráveis servas~!”
Diante dos aventureiros que acabam de brindar vitória, duas jovens gêmeas aparecem, parecendo um par de anja e fada.
Usando vestidos de avental sem manga, com a saia chegando um pouco acima da altura dos joelhos e com meias altas, longas luvas esticadas até os cotovelos e salto alto, Sophie e Tio, as filhas da temível Espada Branca Demoníaca se parecem mais com garçonetes do que empregadas.
...Contudo, suas expressões de raiva não combinam com a indústria da hospitalidade.
Sophie: “Uu... Você nos enganou! Você nos enganou não foi!? Eu não consigo acreditar que você realmente nos enganou com aquela atmosfera séria e todas aquelas mentiras!”
Tio: “... Eu quero que você devolva tudo, toda a preocupação que tivemos!”
O rosto da sua mãe que voltou para casa para a visita escolar e entrou em pânico ao vê-las chorando ainda está fresco em suas memórias.
Contudo, uma promessa é uma promessa. Mesmo que elas estejam muito... muuuuito infelizes com as circunstâncias, uma vez que tenha feito uma promessa, é sua responsabilidade cumpri-la.
Aventureiro: “Oh, wow... Mesmo que elas só sejam crianças...!”
Aventureiro: “Eu fiquei sabendo que elas têm a mesma idade que a minha irmã... que sentimento estranho é esse...?”
Aventureiro: “Eu quero que elas sentem no meu colo enquanto eu faço carinho em suas cabeças....”
Aventureiro: “O Tio vai lhes dar alguns trocados se quiserem...”
Enquanto isso, os aventureiros que nem tem ideia do que se passa em suas cabeças começam a ficar animados ao verem duas jovens e lindas garotas.
Aqueles que mais as elogiam são os que aparentemente acordaram algo dentro de si mesmos.
Contudo, o fato de que os aventureiros que falaram as últimas linhas acima tenham sido espancados pelas pessoas à sua volta seja uma história completamente diferente.
Canary: “E por fim, mas não menos importante, a estrela da noite! A Espadachim mais forte e o orgulho da nossa Guilda, que derrotou o Dragão Rei! Devido a várias circunstâncias ela estará servindo a todos em um uniforme de empregada! Uma salva de palmas para a Espada Braaaanca~!!”
As palavras da Canary deixam a atmosfera na sala tensa, e os olhos de todos se viram para a entrada... mas Shirley não aparece.
Enquanto os aventureiros olham uns para os outros confusos, Canary corre até a entrada e coloca sua cabeça pela porta.
Martha: “Vamos, vamos, você é a atração principal, você não pode ficar aqui para sempre!”
Shirley: “Ah, Martha, não me empurre...! Se eu aparecer em público usando isso, eu vou ter que viver o resto da minha vida enterrada em vergonha...!”
Martha: “Está tudo bem! Você está bonita!”
Shirley: “E-Esse não é o problema...!”
Canary: “O que você pensa que está fazendo?”
Martha: “Ah, Senhorita Canary! Mesmo que já tenha se trocado, essa criança está ficando nervosa ao pensar em sair daqui!”
Canary: “Hmm, mas que garota problemática. Bom, uma empregada envergonhada também serve, venha logo!”
Shirley: “Espere-!?”
Não sendo capaz de reagir à magia de teletransporte da Canary a tempo, Shirley de repente é jogada no meio do salão de jantar enquanto todos olham para ela.
Shirley: “Não...!? P-Por favor não... não olhem para mim...!”
Ela está vestindo um vestido com avental, que é a base para todas as empregadas. Porém, a saia é ainda mais curta que de suas filhas, tão curta que ela está preocupada que as pessoas talvez consigam ver sua roupa íntima.
Suas coxas expostas estão ainda mais sedutoras com a cinta liga que ela está usando, e há espaço entre o top e a saia, que mostra seu branco umbigo.
E o mais impressionante de tudo é aquele peito abundante com o decote exposto. A grande montanha que balança com o menos dos movimentos encanta tanto homens quanto mulheres.
Sophie: “Ma... Mamama... Mamãe...!?”
Tio: “...O-O que há com essa roupa!”
Tentando segurar a bainha da sua saia com uma das mãos e cobrindo os seios com a outra, é como se sua mãe tivesse entrado em um reino proibido.
Shirley: “I-Isso é...! Esse tipo de roupa é... Eu não... Hm... Ah...!”
O que aconteceu com aquela atitude legal e determinada? É isso que passa pela mente de todos ao passo que Shirley tenta desesperadamente seu melhor para defender sua dignidade enquanto suas filhas a observam com olhares frios.
Ela imaginou que vestiria um uniforme de servente tradicional, que enfatiza virtude e lealdade, mas a realidade é que Canary encomendou essa ousada roupa de empregada especialmente para ela.
Para alguém que foi criada com a noção de que se expor em público é o cúmulo da vulgaridade, mesmo que tenha sido forçada, a vergonha que está sentindo ao vestir essas roupas é imensurável.
Aventureiro: “Mas o-oque!? Olhem para aquele peito...!”
Aventureiro: “Ei, se acalme! Ela ainda é aquele selvagem Espada Demoníaca sabia!?”
Aventureiro: “Trinta com duas filhas minha bunda!”
Aventureiro: “Um corpo de adolescente Meio-Imortal com duas filhas fofas... Legal...”
Quando a normalmente terrível, distante e fria mulher de repente mostra esse seu lado, mesmo as mulheres ficam encantadas, e uma estranha sensação de paixão cobre toda a sala.
Canary: “Pare de ser uma flor tão murcha! Você tem mestres a servir, não tem~!?”
Shirley ainda recusa tentar parar de se cobrir, então Canary olha em volta no salão, e avista Kyle, o aventureiro novato cujos olhos estão grudados na figura da Shirley.
Canary: “Ei, Sr. Ranque E... Kyle não é? Venha aqui por um momento.”
Kyle: “...Eh? Espere, eu?”
Sorrindo como se tivesse ganhado um novo brinquedo, Canary força Kyle a ficar em frente da mãe de cabelos brancos e suas filhas.
Canary: “Agora, repita o que eu lhes ensinei.”
Sophie: “Eeh!? N-Nós temos que dizer aquilo!?”
Tio: “Eu sabia... é realmente vergonhoso...”
Kyle fica tenso, inseguro sobre o que exatamente elas vão dizer, e então...
Sophie: “Umm.. B-Bem vindo...”
Sophie olha para cima com lágrimas nos olhos envergonhados, suas mãos cruzadas sobre o peito.
Tio: “...De volta...”
Enquanto isso, Tio murmura enquanto desvia o olhar com um leve rubor no rosto.
Shirley: “...M-Mestre...!”
Mesmo que a Shirley esteja gaguejando palavras com nenhuma convicção, e seu rosto esteja completamente vermelho, Kyle tem seu coração perfurado.
Ele congela no lugar, completamente perdido em um transe de felicidade, até que Canary o chuta para o lado dizendo que estava no caminho.
...Não que ele pareça ligar, ele ainda parece perdido em algum lugar feliz.
Canary: “Muito bem, o que fazer agora? Cair de joelhos e dizer [Kyaa~♡!]? Ou talvez você deva fazer um coração com as mãos sobre a comida e dizer [Meu feitiço de amor vai fazer ficar delicioso mestre~ ♡!]?”
Sophie: “O qu....!? ...HUH!?”
Tio: “V-Você não disse nada sobre isso!?”
Com um arrasto de cadeiras, todos os homens se levantam juntos com alegria.
Com a inesperada proposta da Canary, o rosta da Shirley fica ainda mais corado enquanto ela rapidamente balança sua cabeça em negação, ao mesmo tempo que Sophie e Tio dão vozes às suas desaprovações.
Fazer algo que a maioria das mulheres se envergonharia de fazer até mesmo para seu amado, isso é um obstáculo muito alto para a Shirley.
Canary: “Fuhahahahaha! Sua resistência é inútil! Eu tenho vocês na palma da minha mão pelo resto da noite! Agora, meus queridos convidados! Por favor, aproveitem o serviço dessa Mãe e suas filhas!”
Enquanto os aventureiros (majoritariamente homens) se empurram tentando formar filas, a mão de alguém agarra o ombro da Canary firmemente.
Canary: “Eh, o que foi!? Nós estamos chegando na parte bo-“
???: “Parece que você está se divertido bastante, vovó!”
Canary: “I-Impossível...!? V-Você não deveria estar na Guilda ainda...!?”
???: “Sim, parece que tem muita papelada envolvida quando uma certa alguém de repente teletransporta cada um dos aventureiros abaixo do ranque B da cidade para algum lugar, embora eu não possa negar que gostei de ver aquele chefe careca se contorcer um pouco... De qualquer forma, depois que eu terminei meu trabalho, eu tive um mau pressentimento e vim até aqui. E olha só o que encontrei...”
Canary: “NÃOOOOOOOO!? M-ME SOLTA!!!!”
Como você já deve ter adivinhado pela forma que ela a chamou, Yumina e Canary são parentes.
Mesmo que ela pareça jovem, ela realmente tem mais do que mil anos, e já teve muitas crianças e netas com o passar dos anos. Conforme ela agarra os chifres pretos que crescem na cabeça da pessoa que ela já poderia chamar de sua ancestral só pela idade, a recepcionista a arrasta até o corredor.
Canary: “C-Cesse e desista! O-O que você está planejando fazer comigo! N-Não venha ficar violenta comigo mocinha! Não é à toa que você não tem apelo sexu-AHHH!?!?”
Pancada! Arrasto Arrasto Arrasto...
O chifre preto, que foi impiedosamente arrancado, rola de volta para a sala de jantar.
Ninguém realmente sabe o que aconteceu com a Bruxa mais forte depois de ser arrastada por sua descendente distante.
Depois disso, a festa continua sem contratempos.
Cudd e Leia tentam batalhar em uma competição de bebida com um anão e um guerreiro gigante, e ambos desmaiam ao mesmo tempo.
Enquanto os dois bêbados são colocados no canto para dormirem, Sophie e Tio correm da cozinha para o salão levando comida para os clientes.
Shirley fez questão de projetar uma forte sede de sangue a qualquer um que encarasse as gêmeas por muito tempo.
Enquanto a mãe mantém seus olhos abertos para qualquer potencial pervertido, o aventureiro de ranque B com a espada longa de duas mãos fica a importunando por bebidas.
Quanto ao saco de lixo com um distinto chifre preto saindo do lado... Como a Yumina é assustadora, ninguém se atreve a mencionar.
Shirley: “Fuu...”
Conforme a festa começa a se acalmar, Shirley suspira enquanto se apoia na parede e olha pela sala de jantar.
Mesmo que ela não esteja fazendo isso por dinheiro ou mérito, trabalhar como garçonete a cansou muito mais do que achou que cansaria.
Dito isso, mesmo que tenha conseguido se acalmar na metade da noite, ela jura para si mesma que nunca mais vestirá algo assim de novo.
Roupas tão reveladoras não combinam nem um pouco com ela... Bom, os festeiros talvez discordem.
Yumina: “Bom trabalho hoje Shirley.”
Yumina se encosta na parede ao lado da Shirley, uma taça de vinho em sua mão.
Yumina: “Desculpe, a vovó te forçou a fazer algo terrível.”
Shirley: “Não... Eu concordei com isso, e meu desejo também foi realizado. Mas...”
Shirley olha para baixo, nas suas roupas, e então suspira novamente enquanto segura sua cabeça.
Shirley: “Eu não pensei que teria que sair em público com uma roupa tão reveladora...!”
Yumina: “Sobre isso... Eu realmente sinto muito. Mas tenho que dizer, combina com você.”
Shirley: “Eu sou muito velha para esse tipo de coisa...!”
Apesar de ser difícil de dizer pelo quão popular a Shirley estava, esse tipo de roupa sensual é muito mais comum entre as mulheres mais jovens.
Se alguém em seus 30s vestir algo assim, ele receberá comentários como [Não exagere]. Não importa o quão jovem ela pareça, esse não é o problema para ela.
Shirley: “Canary disse a mesma coisa.”
Yumina: “Yep, e os outros aventureiros pareciam positivos também, certo?”
A conversa diminui. Não é por constrangimento, elas simplesmente observam a agitação da festa por um tempo em silencio.
Shirley: “...Eu ainda estou um pouco curiosa sobre isso.”
Inesperadamente, aquela que quebra o silencio entre as duas é a Shirley.
Shirley: “Por que eles concordaram em lutar contra um exército liderado por Dragões? É difícil imaginar que tenham ido a um campo de batalha com chances de sobrevivência tão baixas só por causa de dinheiro.”
Ela tentou perguntar de maneira indireta durante a festa e todos só diziam que foram pelo dinheiro, mas o olhar em seus rostos diz à Shirley que eles estão escondendo algo.
Mesmo que ela saiba que a motivação principal provavelmente é o desejo pela fama de derrotar um Dragão, Shirley ainda parece confusa, então Yumina a responde com um pequeno sorriso.
Yumina: “Bom, se eu tivesse que adivinhar... Eu tenho certeza que foi porque queriam lutar ao seu lado.”
Shirley parece surpresa com essas palavras.
Shirley: “O que você quer dizer? Eu achei que tinha uma má reputação com os outros aventureiros?”
Yumina: “Exatamente. A Shirley nunca é amigável, e você causou uma grande confusão quando chegou a 10 anos.”
Enquanto diz isso, Yumina olha para os aventureiros que ainda cantam e se divertem.
Yumina: “Mesmo que você nunca tenha trabalhado junto com ninguém, todos reconhecem a sua força... O apelido [Espada Branca Demoníaca] não é a prova disso? Lucro e orgulho, eu tenho certeza que isso também foi levado em conta, mas eu aposto que muitas pessoas não puderam resistir à oportunidade de lutar ao lado de uma aventureira tão incrível, não é? Na verdade, eu frequentemente sou questionada se a Shirley aceitou qualquer missão de equipes.”
Muitas pessoas não conseguem ser honestas consigo mesmas, então eles nunca realmente perguntaram a ela cara a cara.
Terminando seu discurso, Yumina engole a última gota de vinha de sua taça e olha para a Shirley.
Yumina: “Muito bem, eu acho que já vou indo para casa. Eu tenho trabalho amanhã afinal de contas.”
Enquanto a recepcionista se despede dela, Shirley olha distraidamente para um grupo de aventureiros brincando com suas filhas.
Elas são as únicas que importam para ela. Ela se convenceu de que nunca poderia realmente mostrar interesse em outras pessoas.
Mesmo quando alguém se aproximava dela, ela sempre assumia que haviam motivos ocultos, e por medo por suas filhas, ela nunca deixou ninguém chegar muito perto.
Canary: “Aquela peste finalmente foi embora... Ouch ouch ouch ouch... Ah, é você... Perdoe minha terrível aparência.”
Ao passo que ela observa os aventureiros que tinha zero interesse anteriormente, Canary abre caminho para fora da lata de lixo com seu chifre quebrado preso com cola.
Canary: “E? O que você está encarando com um olhar tão vago, mm~?”
Shirley: “Canary... já faz um tempo que quero te perguntar isso.”
Canary: “O que é?”
Shirley: “Por que você cumpriu meu desejo enviando reforços, ao invés de simplesmente adiar o dia de visitas?”
Ela é a principal benfeitora da escola e está no quadro de diretores. Ela é a supervisora quando se trata da administração da escola. Com certeza ela teria economizado muito dinheiro dessa maneira, então porque fez isso?
Não parece racional. Mesmo que diga que planejou tudo isso para seu prazer pessoal, Canary é uma Bruxa que não agiria sem um motivo real.
Seja por algo maior ou mesmo por algo minúsculo, ela acha que a Canary fez tudo isso só para poder ter uma noite para zombar da Shirley, ou pelo menos é isso que pensa depois de escutar aquela história de uma das descendentes da Bruxa.
Canary: “Não havia nenhum grande esquema na verdade. Foi tudo meramente sentimental. Eu só queria ver tamanho espetáculo... E pressioná-la a um capricho arbitrário meu... Eu só estava sendo egoísta como sempre.”
Canary abre um sorriso momentâneo.
Canary: “Porém, se você continuasse trilhando esse tipo de curso, eventualmente você quebraria... Então, eu decidi interferir.”
Shirley: “...Posso perguntar o porquê?”
Canary: “Como você pode buscar criar filhas saudáveis se você não liga nem um pouco para si mesma?”
É algo tão obvio.
Todo e cada dia, ela sempre só se preocupou com suas filhas e seus futuros, e ao fazê-las sua razão de viver, ela negligenciou completamente viver para si mesma.
Quando viesse o tempo da Sophie e da Tio se tornarem independentes, a vida da Shirley perderia completamente o significado.
Canary: “É por isso que fiz o que fiz. Uma casca vazia parada sozinha em um campo de batalha devastado, tal coisa não é divertida de se brincar.”
Shirley: “Brincando com a vida das pessoas para seu próprio prazer, huh...? Você realmente nunca muda.”
Canary: “Mas é claro. Aquela a sua frente é a Bruxa Dourada... Não há nada sob o céu que eu não vá me intrometer para minha própria satisfação.”
A Bruxa é a mesma desde os tempos antigos. Ela é egoísta e sempre causa inconveniências para as pessoas aonde quer que vá, mas de alguma forma suas intromissões sempre acabam ajudando as pessoas a longo prazo, e embora alguns a vejam como uma canalha, outros a amam como uma deusa da sorte.
Canary: “Portanto, aprenda a amar suas aventuras garota. Não só por si mesma, mas com a alegria de se aventurar com amigos. E, em algum momento no futuro, ache uma nova razão para viver. Alguém que não está feliz consigo mesma não tem esperanças de conseguir criar crianças.”
Shirley: “Canary...”
Canary: “Bom, tendo dito tudo isso, meu objetivo principal ainda era ver sua cara envergonhada e humilhada enquanto vestia aquela roupa de empregada! Hyahahahaha!!”
Shirley: “Por favor, devolva minha impressão melhorada de você.”
De alguma forma ela conseguiu estragar tudo imediatamente.
Shirley: (Mas... ela está certa. Um aventureiro é suposto a ser tal tipo de pessoa.)
Ela se lembra do tempo de quando não era nada além de uma garota fraca.
Ela veio de uma sociedade onde amor e ódio estão escondidos atrás de lisonja e falsidade, e depois de ser acusada e traída, essas memórias permaneceram incrivelmente vívidas e ela acabou com dificuldades para acreditar no que as pessoas diziam, temendo a escuridão que poderia estar em seus corações.
Mas, diferentemente da sociedade aristocrática, onde as verdadeiras intenções de todos estão sempre escondidas sob máscaras enganadores, esses aventureiros rudes e vulgares não guardam motivos ocultos por trás das doces palavras, e sempre agem com o coração.
Sophie: “Mamãe~! A Sra. Martha vai tirar uma foto comemorativa!”
Tio: “Rápido Mãe!”
Shirley: “Sim, estou indo.”
Ela pisa de volta à atmosfera festiva.
Claro, mesmo que ela acredite que não conseguirá se dar bem com todos de repente, ela talvez seja capaz de tratar os outros com um pouco menos de suspeita de agora em diante. Essas pessoas que não escondem que suas intenções são ouro e glória, talvez seja possível confiar nelas.
Ela não parará de considerar suas filhas como sua prioridade número 1, isso nunca mudará... mas, se ao fim das missões de agora em diante houverem festas como essa, que ela possa aproveitar com suas filhas...
...Então talvez trabalhar como uma aventureira não seja um problema tão grande.
Os aventureiros a notam e olham uns para os outros com risadas e sorrisos.
Aquela fria e brusca mulher, a espada demoníaca caracterizada por aqueles olhos ferozes que parecem perfurar através de você, chama a atenção de todos enquanto sorri de volta.
Shirley: “Eu vou ir me trocar, então você pode esperar só um pouco?”
Martha: “...Não.”
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