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Capítulo 11 - O Herói Ferido – A
A região oeste do Continente Central abriga um grande país, o Reino Seize. A oeste do país há uma vasta floresta. Escondido no verde da floresta está um vilarejo de demi-humanos, sua população composta principalmente por ex-cidadãos do país élfico que havia sido erradicado pelos humanos.
"Ei, Gold, você se importa em me dar uma mão?", disse um elfo de meia-idade que, apesar da idade, só aparenta ter trinta e tantos anos.
"Sim, estou indo", respondeu um homem grande que trabalhava nos campos. Ele pousou a enxada, pegando no ombro o lenço costurado à mão para enxugar o suor.
"Desculpe por incomodar você. Como foi? Você já fez o trabalho no campo?" (Elfo)
"... não é ruim", Gold respondeu hesitantemente. O elfo abriu um sorriso gentil.
"Certo, aquilo. Você pode fazer alguma coisa?" (Elfo)
"Deixe para mim" (Gold)
O elfo está apontando para uma grande pedra em um campo que está parcialmente afundada no solo. Com seu domínio da magia elemental, os elfos normalmente pediriam aos elementais da terra para desenterrar, desmontar ou lidar com isso da maneira que quisessem, mas aparentemente havia um pouco de ferro nesta pedra. O ferro tem um efeito aglutinador sobre os elementais, então eles detestam se aproximar nele.
Com um grunhido de esforço, a magia percorrendo os músculos salientes do Gold, ele ergueu a pedra que devia ter pelo menos 500 quilos sobre seus ombros.
"Onde devo colocar isso?" (Gold)
"Uau", o elfo tropeçou em suas palavras com espanto - ele pediu ao Gold para lidar com isso, ele só não achou que o homem realmente iria pegá-la, "o velho anão disse que queria um pouco de ferro, então basta colocá-lo perto da aldeia. Ele provavelmente virá para separar mais tarde" (Elfo)
"Entendi" (Gold)
Gold acenou com a cabeça e começou a andar. O chão tremia a cada passo. As crianças brincando nas proximidades se aproximaram dele timidamente.
"... cuidado, é perigoso" (Gold)
As crianças ficaram em silêncio.
Gold largou a grande pedra nos limites da aldeia, enviando um * baque * reverberando pela terra. Do grupo de crianças que o espiavam nervosamente de longe, um jovem elfo saltou em sua direção com um sorriso radiante.
"Senhor!" (Elfo)
"Yol..." (Gold)
Gold deu um sorriso desajeitado e gentilmente acariciou a cabeça dele.
Dois meses antes, Gold havia lutado como um Herói para proteger sua pátria, o Califado de Torrann, contra a invasão de um General das Trevas, o Rei Troll e seu exército. Mas, quando ele se dirigia para a batalha, a barreira protetora do país foi repentinamente quebrada por um complô da 『Coelha Branca』, a Dama Sombria, que vinha causando estragos em todo o mundo. Sem a barreira, apenas a ruína aguardava o Califado de Torrann.
Gold havia travado um combate individual com o General das Trevas na época. Tinha perdido, sendo dominado pelo Rei Troll, e assim que a morte o encarou, foi salvo por um capricho da Dama Sombria 『Coelha Branca』.
A Dama Sombria havia dito que era uma recompensa por sua tentativa abnegada de salvar uma criança e o deixou ir.
Gold perguntou a ela por quê. Ela disse que não via nenhuma diferença entre a vida de um humano ou a vida de um goblin, como se estivesse zombando dele, o homem que deixou um escravo semi-humano para morrer.
Ele sentiu que as palavras dela eram as de uma Dama Sombria que só pensava nas vidas humanas como nada mais do que poeira. Mas Gold também sentiu o olhar frio de desdém que ela nutria por ele e começou a duvidar. Por quem ele estava lutando?
Quando uma crise ameaça o mundo, os heróis nascem para salvá-lo.
Mas esse mundo é de quem?
Na Yggdrasia dos dias atuais, a raça humana se apoderou de todas as 『Mudas』 e usou seu poder mágico para dominar o mundo inteiro. O 『mundo』 do Gold eram os noventa e nove países humanos em torno das 『Mudas』.
Para os humanos, os demi-humanos são gado útil. Para os humanos, goblins e orcs são pragas inúteis. Essa tinha sido a percepção comum dos humanos, e Gold aprendeu que essa é a ordem natural.
No entanto, uma única frase da Dama Sombria havia aberto uma rachadura em sua visão de mundo.
Gold partiu em uma jornada para se treinar, para eliminar sua fraqueza e para encontrar uma resposta.
Ele mergulhou nas profundezas da floresta com nada além de restos de comida, sua arma e sua armadura. Ele lutou com todos que o atacaram. Ele se esforçou para saber tudo sobre eles.
Mas nenhuma resposta veio. A fome e o cansaço o levaram à inconsciência, e seu salvador foi um pequeno menino elfo que tinha vindo reunir comida dentro da floresta.
Atualmente, as raças de demi-humanos e a raça humana estão em dois lados de um conflito. Os humanos confiam em seu poder militar para oprimir e transformar os demi-humanos em seus escravos, mas a Dama Sombria havia derrubado o equilíbrio de poder atuando sozinha.
Mesmo assim, como pessoa, o pai do menino não poderia deixar Gold para morrer. Ele o levou para a aldeia escondida, e Gold foi autorizado a ficar e se recuperar sob forte vigilância.
Gold acordou, e o que o aguardava foram olhares de cautela e desdém vindos dos aldeões demi-humanos. Então os gêmeos, a princesa e o príncipe do país caídos dos elfos, vieram ao seu encontro. Eles olharam para ele e trocaram apenas algumas palavras antes de dizer: "Fique o tempo que quiser", e foram embora.
Desde que Gold voltou à consciência, Yol, o menino elfo que foi seu salvador, começou a visitá-lo com frequência.
O menino não tinha ódio ou preconceito contra a raça humana, apenas curiosidade. Ele perguntou ao Gold sobre muitas coisas e, em troca, o menino contou a ele sobre cada coisa que acontecia na aldeia, na floresta, bem como sobre o Espírito Branco que ele conheceu antes.
Gold ficou perplexo. Ele só via crianças demi-humanas prostradas de medo ou olhando para ele com os dentes rangendo assim que o viam.
Mas Yol não era diferente das crianças humanas que viviam no campo.
Ele conversou com o pai do Yol. O homem de vida longa havia demonstrado uma sabedoria surpreendente. Se a nobreza decadente de seu país, homens e mulheres que se afogaram em seus desejos, fossem 『humanidade』, então o que isso faria do homem elfo?
Gold teve uma conversa franca com os pais do Yol. O casal o aconselhou a tentar ajudar a aldeia com os campos.
Foi a primeira vez que ele fez qualquer trabalho agrícola. Suas refeições eram humildes, nada além de frutas e batatas. No entanto, no momento em que viu os botões brotando das sementes que plantou na terra com as próprias mãos, ele pensou que era a primeira vez em sua vida que sentia algo próximo da realização.
Vendo Gold e seu trabalho sincero, os moradores lentamente começaram a aceitá-lo.
Ele acorda de manhã com eles e trabalha até o pôr do sol como eles faziam. À noite, ele compartilha bebidas de leite fermentado com os anciãos da aldeia.
E hoje, enquanto Gold estava acariciando a cabeça do Yol, as crianças dos elfos, dos anões e dos homens-fera se aproximaram, agarrando-se ao homem grande que parece chegar ao céu.
"... Mm" (Garota)
Uma garotinha com orelhas de gato em torno dos três anos de idade estendeu os braços minúsculos, olhando para ele.
Gold levou alguns segundos para entender o que ela queria. Ele sem esforço a pegou e deu uma carona em seus ombros. Ela gritou de alegria, e as outras crianças correram para subir nele. Ele as deixou, tentando o seu melhor para não deixá-las cair de seus braços e ombros... e ele começou a se perguntar como ele poderia dar um passo.
Então uma voz o chamou de longe, livrando-o de sua situação difícil.
"Ei, Gooold! A princesa está chamando por vocêeee!" (Elfo)
"Senhor Herói, você se acostumou com a vida aqui?", perguntou a princesa do reino perdido.
"... sim, Sua Graça", Gold respondeu laconicamente, curvando-se levemente enquanto se levantava sobre um tapete de pele de animal. Para a gêmea elfa, parece que essa menina é a irmã mais velha. O irmão ao lado dela continuou em silêncio.
Eles estão em uma cabana pobre de toras, seu tamanho um pouco maior é a única coisa que se distingue dos outros edifícios da aldeia. Gold sabe que foram os humanos que roubaram as famílias dos aldeões. Ele virou os olhos ligeiramente para o lado, incapaz de suportar o olhar da princesa, e notou uma escultura de madeira de uma pessoa com orelhas de coelho. A princesa viu seu olhar. Ela fracamente estreitou os olhos, esboçando um sorriso.
"Você percebeu, então? Todos nós rezamos para a Dama Sombria" (Princesa)
"... é porque... ela é a Dama Sombria, minha senhorita?" (Gold)
Os demi-humanos, aqueles que não são da raça humana, estão ajudando-a porque ela é a Dama Sombria, a senhora dos monstros? Os pensamentos por trás de suas palavras não foram ditos, mas chegaram à princesa do mesmo jeito. Ela se lembrou da garota branca que uma vez salvou a ela e a seu irmão. Ela olhou friamente para o Gold.
"Não. Nós a seguimos por causa do mundo inteiro, ela é a única que está certa" (Princesa)
"O qu-", Gold está atordoado, seus olhos bem abertos. "Aquela tragédia está certa?! Centenas de milhares de pessoas morreram lá!" (Gold)
"De fato. Muitas vidas foram perdidas. Talvez muitos escravos demi-humanos também não tenham conseguido escapar" (Princesa)
"Então-" (Gold)
"Senhor Herói", a princesa interrompeu sua objeção, "por quem você luta?" (Princesa)
Sua respiração engatou. A farpa presa em seu coração se enterrou mais profundamente.
"Existe uma lenda entre os elfos. Diz que a 『Árvore do Mundo』 e suas 『Mudas』 são os pilares que sustentam o mundo" (Princesa)
"Eu... sei sobre isso" (Gold)
"Então por que a raça humana está usando seu poder? Não é esse o poder que deveria estar sendo usado para sustentar o mundo?" (Princesa)
"..." (Gold)
"Eu não vou apenas dizer a você a resposta. Pense sobre isso. Mas não é para isso que chamei você aqui", ela se virou para o irmão, "Traga-o aqui" (Princesa)
"Entendido" (Príncipe)
O príncipe pegou um pacote embrulhado em pano no fundo da sala e o trouxe na frente de Gold.
"Isso é..." (Gold)
É uma espada larga de mythril, contendo dentro de si uma forte magia. A mão do Gold estremeceu quando ele olhou para o brilho poderoso.
"É uma arma feita pelos antigos elfos. Ela já havia sido usado por um Herói Elfo, nosso avô. Ele foi morto por humanos há um século, pois eles o viam como uma ameaça" (Princesa)
Havia heróis de outras raças além dos humanos. Mas eles eram temidos pelos humanos, e todos caíram frente ao poder militar dos humanos.
"Eu..." (Gold)
"Me desculpe, eu disse muito. Senhor Herói, por favor, pegue" (Princesa)
"O qu..." (Gold)
"É um dos tesouros dos elfos que felizmente conseguimos trazer conosco. Herói ou não, acho que ninguém se sentiria confortável sem uma arma ao seu lado. Por favor, senhor Herói... use-o pelo bem do mundo" (Princesa)
"... então eu devo aceitar, minha senhorita" (Gold)
Invoque o poder do Herói para o mundo, não para a raça humana.
Gold curvou-se, oprimido pela resposta que ainda era nebulosa em sua mente.
E então, naquele exato momento, um grito alcançou seus ouvidos.
"... O-os humanos estão atacando!" (Elfo)
Nota do Autor:
A princesa odeia o Gold. A princesa e o príncipe eram as crianças capturadas do leilão.
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