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Capítulo 2 (Parte 2)




“Cheguei~”

Eu voltei para meu apartamento com Aya logo atrás de mim, ela foi me buscar na estação depois que terminei meu trabalho.
Eu rapidamente tirei meus sapatos e abro meus braços para Aya.

“E agora... Bem-vinda de volta, Aya!”

Aya ficou um pouco surpresa, mas com o rosto corado, ela murmurou.

“C-cheguei... Marika.”
“Uhum!”

Eu estou tão feliz. Ir para casa com a pessoa que amo... Ah~ É uma felicidade indescritível... Então, dada as circunstâncias... acho que agora vem o beijo, não é?
Mas nada aconteceu. Aya passou direto por mim e disse, “O jantar está pronto”, e foi até a sala de estar. Aya... Você está com vergonha, não é? Tudo bem, afinal eu ainda tenho bastante tempo. Fufu~
Eu fico contente de ver o par de mocassins da Aya alinhados cuidadosamente na porta. Então eu também alinhei os meus sapatos ao lado dos dela, e fui até a sala de estar toda alegre.
Está bem quentinho, e sinto um suave cheiro de leite no ar.

“Uau, o que é isso? Cozido Cremoso?”
“Exato. Vou terminar de prepará-lo, então pode ir se trocar primeiro.”
“Estou indo~”

Eu fui para o meu quarto frio, tirei meu uniforme e vesti algo mais confortável. Peguei uma camisola larga, calça de moletom, e meias grossas. E então, voltei para a sala de estar e vejo cozido cremoso, um baguete, e salada de batata colocados na mesa.

“Nossa, que incrível. É a comida caseira da Aya!”
“Menos o baguete, esse eu comprei.”
“Ah, são detalhes. Vamos fingir que temos uma panificadora.”

Eu me sento de frente para Aya. Parece ser uma delícia!

“Você é mesmo incrível, Aya... Sabe até cozinhar... Eu apenas ajudo minha mãe de vez em quando, mas não sei preparar nada, então eu te respeito.”
“Meu repertório não é muito vasto, eu só cozinho uma vez ou outra.”
“Ehehe... Enfim, sem mais delongas, bom apetite~!”

Eu enchi uma colher de cozido cremoso recheado com legumes e comi sem hesitar. Um! Docinho e gostosinho~ Hm? Acabei de reparar uma coisa, parece que ela gosta de colocar bastante brócolis no cozido dela.

“Mhm~ Tão gostoso! Como eu acabei de chegar do trabalho, a fome é ainda maior!”
“Fiz mais que o suficiente para comermos as sobras amanhã de manhã, então pode comer o quanto quiser.”
“Viva à Aya~!”

Eu bato as mãos juntas para mostrar toda a minha alegria para ela.
O sorriso de Aya fica mais suave que o normal quando ela me vê comer. Eu estou feliz de poder comer a deliciosa comida caseira da Aya, e ela também está feliz de me ver comendo aquilo que ela fez com tanto carinho para mim. Um autêntico relacionamento de benefício mútuo!
Nós estávamos tendo uma ótima refeição, comendo um cozido quentinho com baguete, e uma salada feita com batatas de sobra.
E então, a campainha toca.

“Ah, deve ser a sua tia, Marika. Sua mãe disse que ela viria nos visitar hoje para ver como estamos, então vou recebê-la.”
“Ah sim, acho melhor eu ir também.”

Na verdade, eu não tenho recordação alguma sobre isso, mas imagino que minha mãe tenha entrado em contato com Aya. Eu rapidamente me levanto e vou com ela até a porta.
Eu verifiquei a tela de segurança, e como Aya disse, era mesmo a minha tia. Eu destravei a porta e após aguardar um pouco, percebi que ela estava sofrendo um pouco para abrir sozinha e tocou a campainha novamente.
Eu decido abrir a porta, e vejo ela com a mão levantada e dizendo, “Olá.” Minha tia tem uma aparência jovial e fofa, ela está vestindo um agasalho cáqui com seus cabelos caprichosamente arrumados e chegando nos seus ombros. Ela é irmã da minha mãe, então ela deve estar na casa dos trinta, mas sua aparência faz ela parecer ter pouco mais de vinte.



“Desculpe incomodá-la~”
“Ah, não se preocupe, afinal você é uma parente próxima. Mas sério, a sua mãe se preocupa demais. Digo, a Marika-chan já está no colegial, poxa vida.”
“Pois é~”

Minha tia sempre me tratou como uma mulher crescida, e claro que isso me deixa feliz, mas também um pouco envergonhada.
E então, ela vira sua atenção para a garota ao meu lado.

“Prazer em conhecê-la. Você deve estar contente, Marika-chan, tendo uma garota tão linda como sua guardiã. Fico feliz por você.”
“Me chamo Fuwa Aya. Perdão pelo incômodo.”

Aya se curva educadamente.

“Aliás, eu soube que você é bem forte, e isso é ótimo. Quando Marika-chan era menor, eu queria que ela aprendesse alguma arte marcial. Seria legal, mas acabou que não deu certo porque ela tinha medo de se machucar, Mas quando eu olho pra você, eu sinto que devia tê-la obrigado a aprender, Marika-chan.”

Bom, isso de fato aconteceu. Mas quando eu olho para Aya, seu corpo é tão bem definido e crescido, além de ter uma ótima postura. Eu sinto que devia ter treinado.

“Você me superestima.”

Minha tia ri para Aya e me entrega uma sacola plástica.

“Bom, eu já vou indo. Minha casa fica a 20 minutos daqui, então se precisarem de algo, é só chamar. Fiquem com esses presentinhos.”

Dentro da bolsa tem uma caixa de CalorieMate (NT: Uma marca japonesa de barras nutricionais e energéticas.) e geléias nutricionais de todos os tipos. Querida Titia, eu aprecio muito a sua gentileza, mas... isso aqui não é comida de um escritor ou mangaká que está no fim do prazo?
Quando ela estava para ir embora, Aya chama sua atenção. Nesse momento, eu quase pensei que ela fosse falar algo do tipo “Você realmente veio ver como estamos?

“Espere.”
“Hm?”

A atmosfera ficou séria de repente, com toda a atenção em cima de Aya.

“Eu protegerei Marika a qualquer custo. Então fique tranquila, eu definitivamente serei sua guardiã.”

Após um breve silêncio, minha tia começa a gargalhar.
Eh, que tipo de situação é essa!? Na minha testa está escrito vergonha.

“Não precisa ficar tão nervosa perto de mim. Mas, obrigada por dizer isso. Só que, o jeito como você falou pareceu algo como “eu posso pedir sua filha em casamento?”, não acha? Garotas de ensino médio são tão apegadas~”

Depois de rir por um tempo, minha tia se despediu e foi embora...

“Hmm... Aya...”

Quando olho embaraçada para Aya, vejo que suas bochechas também estão vermelhas.

“Sim, eu farei o meu melhor... com toda certeza...”

Eu viro para entrar novamente com Aya logo atrás de mim.

“Mas como minha tia falou, você não precisa ficar tão nervosa. Eu estou muito contente por você estar morando comigo, Aya.”
“...”

Eh, porque o silêncio?
Nós voltamos para a mesa de jantar e ficamos cara a cara, mas a expressão de Aya continua rígida.

“Ei, Aya, aconteceu alguma coisa?”
“Por que pergunta?”
“Não, é que está um pouco frio, sabe? ...Você não está com dor de barriga ou algo parecido, está?”
“Não, estou ótima.”

Mas seu rosto parece dizer o contrário. Eu estendo uma de minhas mãos para Aya sobre a mesa.

“Aqui, Aya. Me dê sua mão.”
“...Não, não podemos, Marika.”

Uma rejeição direta e repentina! Eh!?

“Por quê!? O que foi que eu fiz!?”
“N-não, não foi isso que eu quis dizer. Mas eu prometi à sua mãe, então eu tenho que fazer direito.”

Aya fala isso com tanta seriedade quanto um general defendendo seu território do exército inimigo.

“Eu tenho que lhe proteger, Marika. Eu não posso ter esses pensamentos. Por isso, eu não farei nada de impuro com você enquanto eu estiver nesta casa.”
“A-ah...”
“Esse é o motivo.”
“...Hmmm... Não, sinto muito, mas eu não entendi.”

Aya aperta seu punho com tanta força que poderia até espremer uma maçã.

“Não importa o quão maldoso, violento ou cruel seja a pessoa, eu irei protegê-la com toda a minha força, pois é para isso que ela serve.”
“Não estamos no Japão feudal!”

Eu seguro os ombros da Aya apaixonada e a balanço. Acorda!
De acordo com o que a Sae disse, Aya sente que estaria quebrando a confiança de minha mãe se fizesse algo comigo.
Mas isso já é demais! Eu não estou exagerando. Como chegamos a esse ponto?

“Você não é a Aya que eu conheço! Ela vive a própria vida seguindo o próprio ritmo, sem se apressar! Ela não tem senso de responsabilidade, não carrega obrigações... e... e...”

Meu tom de voz enfraquece aos poucos.
Aya se importa comigo de uma forma especial, eu entendo isso. E Aya é do tipo de pessoa que está disposta a pagar um milhão de ienes pela pessoa que ela mais se importa. Ela sempre foi assim, quando ela decide algo, nada mais importa.

“Então, você está me dizendo que não fará nada comigo pelo resto da semana?”

Aya acena, rígida e em silêncio.

“Pois eu jurei à sua mãe. Eu não irei tocá-la, nem com a ponta dos dedos. Durante esta semana, eu sou apenas uma arma para protegê-la.”

Como assim!? Eu estava tão empolgada por poder morar com minha namorada por uma semana, mas no fim das contas eu só estou vivendo ao lado de uma arma...?
Q-que frustrante...
A vida dos sonhos que eu desenhei no céu desmorona completamente.
Eu não sei o que fazer, não sei.

“Então você não precisa se preocupar com nada. Apenas aja como sempre. Eu farei de tudo para manter a sua rotina diária. Esse é o meu compromisso com você.”
“Eh...”

Um pequeno e leve grunhido escapou da minha boca.

“Você não pode ser mais descontraída, não pode ser menos séria...?
“Com moderação, sim.”

Eu não lembro de estar no comitê de moral pública...
Uma vez que limpamos a mesa e lavamos os pratos, Aya e eu ficamos frente a frente na mesa novamente.
Eu não posso desistir... Você quer briga? Ótimo! Então eu mesma vou tocar o sino para uma DR!

“Se você ficar tão distante, de nada adianta morarmos juntas! Você também quer fazer essas coisas, não quer!?”
“Desde que eu esteja aqui e seja sua protetora, acho que estarei obedecendo o que sua mãe me pediu.”
“Você é tão teimosa! Está tudo bem! Não é todo dia que temos uma oportunidade dessas. Essa pode ser nossa única chance de passarmos uma semana juntas sendo colegiais, e tudo que você quer é ser minha guardiã o tempo todo!?”

Apesar de eu estar tão agitada, Aya continua acenando, com diversas emoções reprimidas no fundo de seus olhos.

“Não tem problema. Eu não vou me arrepender. Pois eu te amo muito.”
“E-eu não entendo...”
“Tudo bem, você não precisa entender.”

Aya, que argumenta com a razão, e eu, que argumento com a emoção, estamos em total dissonância.
Bom, para Aya, isso deve ser o ‘certo’ a se fazer. Mas eu não concordo... Isso não é tão importante...
A árbitra chave das nossas desavenças, Karen-san, não está presente. Então eu terei que persuadir Aya sozinha para que eu possa ser feliz. Mas é infinitamente mais difícil convencê-la quando ela está assim. Em primeiro lugar, eu normalmente não consigo vencer Aya com minhas palavras...
Então o que eu farei? É óbvio. Eu atacarei seus pontos fracos!

“...Heh, entendo, hm... Então a Aya não quer tocar o meu corpo.”

Quando eu olhei para ela com olhos semicerrados, a sobrancelha de Aya se contrai, revelando sua expressão de incômodo.

“Ninguém disse nada disso.”
“Ao meu ver, a promessa que você fez à minha mãe é mais importante do que os meus sentimentos. Então, você dá mais valor a isso do que a sua própria namorada?”
“Marika, essa comparação não é justa.”

Ela me repreende, e eu evito seu olhar. Eu sei, mas poxa! Se eu quiser vencer essa discussão, eu não tenho escolha a não ser farpar seu lado emocional...

“Eu fiquei tão feliz quando você disse que viria morar comigo...”
“Eu também estou contente de estar com você, Marika.”
“Duvido que isso seja verdade. Você não quer fazer nada daquelas coisas comigo, não é...?”

Se Aya realmente respondesse, “Não, eu não quero,” eu provavelmente passaria a noite inteira chorando e encharcando meu rosto de dor. Mas ainda bem que isso não aconteceu.

“Não há um momento sequer que eu não queira.”

Ei, isso já não é assustador!?
Após dizer essas palavras, eu solto um enorme suspiro.

“Palavras jogadas ao vento não valem de nada. O fato é que você já decidiu que não fará nada comigo esta semana, não foi? Isso me deixa realmente triste...”
“Eu aprendi a ter paciência e vontade férrea através do aikido.”

Isso é sério!? Como eu gostaria que ela não praticasse artes marciais... Mas se assim fosse, ela não estaria comigo agora. Ah, poxa vida!

“Marika... por acaso...”

Aya me encara intensamente.

“...Você estava esperando que eu fizesse algo?”
“Eh?”

Sua fala pega meu coração de surpresa e o nervosismo me faz gaguejar.

“D-digo... você acha mesmo? Não é bem assim... Mas, aonde quer chegar com isso?”
“Suspeito...”

Eu viro minha cabeça para longe, com meu rosto queimando.

“Bom... eu pensei que... com você vindo morar comigo, naturalmente algo aconteceria. Eu não pude evitar. Se você me pedisse, eu como sua namorada, não poderia recusar.”
“Você realmente pensou assim, Marika?”

Os olhos de Aya fixam em mim e não se movem. Será que... se eu acenar agora, Aya faria aquilo comigo...? Eu tenho a sensação de que sim...!
No fim das contas, ela não prometeu nada do tipo, ‘Eu não farei sexo com a sua filha,’ para a minha mãe. Foi a própria Aya quem criou essa proibição.
Dito isso, Aya ainda tem uma queda por mim! Decidida, eu limpo a garganta para dizer claramente.

“S-sim, eu pensei. Na verdade, eu acho que ainda penso...?”
“Hmm, entendo.”

Eu posso sentir claramente o suor frio escorrendo em minha nuca ao ouvir sua resposta com tom indiferente.
Isso não foi o suficiente?
Não, não, eu quero e você vai fazer...! Minha impaciência começa a transparecer em forma de palavras.

“E-então? Para minha surpresa, parece que você não tem coragem para fazer isso. Você está tão nervosa e diferente de como sempre é, só porque está na casa da namorada?”

É o bastante, falei tudo que precisava falar.
Se eu cheguei até aqui, seria vergonhoso desistir no meio do caminho.
Foi quando eu ouvi um beep, era o umidificador o qual eu troquei a água pela manhã. Mas na minha cabeça, parecia mais um sinal para botar minha vergonha pra fora.

“Eu aposto que você só está tentando parecer legal usando a desculpa ‘eu prometi à sua mãe,’ não é? Você está tão nervosa que nem consegue encostar um dedo em mim. Bom, é claro que se houvesse uma garota tão adorável na minha frente, eu entenderia o seu medo. É lamentável.”

Eu posso ouvir uma voz misteriosa dizendo “Quem é a garota adorável?” Quieta! Tudo isso são apenas argumentos para enfurecer a Aya!

“No fim, Aya, você não passa de uma falsa pervertida, que sempre faz de tudo comigo no seu quarto, mas é inútil quando está fora dele. Você só tinha vantagem de território, por isso era confiante. Isso é tão patético e vergonhoso. Não sente nada me ouvindo falar tudo isso? Se sente, então venha e me ataque. Ah, é mesmo, você não consegue, porque é tão burra que não entende o que eu digo, não é? Mas saiba que eu sempre te aceitarei, desde que seja a pervertida que eu amo, e não uma galinha!”

Receba! Isso que eu chamo de provocar!
Eu irei provocá-la com tudo que tenho. Ei, eu sei que você está segurando a raiva!
Eu estava com medo de olhar para Aya, então enquanto finjo estar calma, continuo a falar.

“Ahh, eu quero tanto... quero muito, de verdade. Eu quero ser abraçada bem forte e sentir prazer até minha mente embranquecer. Alguém, por favor, pode transar comigo? Eu não me importo de tomar banho juntas, muito menos de dormir juntas. Não existe uma garota por aí que tenha amor de sobra para dar a alguém que precisa tanto? Se uma garota assim aparecer em cinco minutos, eu farei tudo que ela pedir!”

Eu suspiro forte.
E então.

“Marika.”

Eu tremi exageradamente. Medo!
Apesar disso, eu continuei evitando o olhar de Aya e provocando-a.

“O que foi, GalinhAya-san? Eu não chamei por uma galinha medrosa que nem sequer encosta em mim, chamei? Ah~, meu corpo já não aguenta mais. Acho que eu nem me importo com quem seja, desde que ela venha com tudo pra cima de mim, talvez eu deva chamar a Sae!”

Aya ri.
E então diz.

“Você é tão fofa quando me implora por sexo.”

Essa frase caiu com muito peso sobre mim, sinto como se uma baleia tivesse caído do céu com um ‘BAM!
Com o meu corpo quase fervendo, eu agarro Aya.

“Me ataque logo!”

Eu não sabia, mas as pessoas podem chorar de vergonha.
Eu empurro Aya para o chão da sala com toda a minha força.
Agora em cima dela, eu seguro Aya pelos seios. Eu realmente estou prestes a chorar.

“Acho que está mais do que óbvio que quem está sendo atacada sou eu.”
“Não começa! Eu quero transar! Você está na minha casa, Aya, então é lógico que eu quero!”

Eu grito essas coisas embaraçosas que estava guardando até agora.
Ouvindo essas insanas palavras saindo de minha boca, Aya me observa acima dela em silêncio por um momento.

“...É a primeira vez que você toma a iniciativa, Marika.”
“E-e daí?”
“Eu nunca imaginei que seria afrontada por alguém implorando para que eu a ataque. Mas isso não é implorar, está mais para atacar.”
“P-pode chamar do que quiser, eu não ligo!”

Aya gentilmente pega uma de minhas mãos.

“Certo. Então?”
“Eh?”
“O que fará comigo agora?”

Ela me encara. Q-quê...?
Ah... eh... Eu realmente... posso atacar a Aya?
Então quer dizer, que é a minha vez?

“Vou tirar as suas roupas...”
“E depois?”
“...Vou tirar seu sutiã e sua calcinha e deixá-la nua.”
“Está bem. E o que mais?”

Como assim!? Não era eu que estava tomando a iniciativa? Por que eu me sinto verbalmente abusada?

“A-apalpar seus seios...”
“Ah, sim. E depois disso?”
“E-eu vou lambê-los e chupá-los. Seus seios são tão lindos, macios e pálidos, eu nunca me cansarei deles... Eu vou te dar muito, muito prazer.”
Fuu... Marika, sua safadinha.”

Eu tentei ao máximo fazer Aya perder a calma com minhas palavras, mas todas são repelidas por ela e resumidas a: “Que fofa.

“E-e não só isso... Depois, eu irei atormentá-la como você sempre faz comigo...”
“De que forma?”
“V-você sabe, sua pervertida! Hentai!”

Aya está me olhando como se dissesse, “Você nunca fez isso antes, tem certeza de que consegue?” Ugh... É-é verdade que eu nunca fiz isso antes, mas tenho a experiência de muitas coisas que foram feitas comigo...!
Eu continuo falando, insegura.

“Eu a farei sentir... de novo e de novo, e mesmo que implore, eu não vou parar. Será a sua punição por me fazer perder a paciência. Eu farei muitas coisas safadas com você, Aya, não apenas hoje, mas pelo resto da vida.”

Após eu dizer isso, Aya finalmente sorriu — um sorriso encantador.

“Muito bem. Se você insiste, acho que não tenho escolha.”
“A-Aya...?”
“Marika, você é tão egoísta. Você é tão mimada, safada. Minha princesa.”
“E-eh...? Foi você quem se apaixonou por mim primeiro... Foi você quem me fez sentir essas coisas... Então assuma a responsabilidade.”
“Sim, é verdade. A culpa é toda minha. Toda minha.”

E então, Aya fez algo.
Por um momento, eu não sabia o que ela havia feito comigo. Quando me dei conta, minha visão do mundo inverteu e Aya estava sobre mim.
Ehh...? O que foi isso!?
Eu rapidamente tento me levantar. Mas Aya, que estava segurando minhas mãos e pernas, não me deixa mover um centímetro, mesmo ela mal fazendo força para me prender. Simplesmente, não consigo me mover.
S-será que...?
Aya lambe seus lábios e lentamente inclina seu corpo.
Ela encosta a boca em minha orelha e sussurra.

“Eu farei tudo com você... todas aquelas coisas que você queria fazer comigo...”
“Hã...?”

Ouvir a fraca voz de Aya de tão perto, me faz sentir um calafrio na espinha como um reflexo condicionado.
Pois essa voz... é a mesma que ela faz quando me dá prazer.

“Eu vou tirar cada pecinha de suas roupas, deixá-la completamente nua. Vou apalpar, lamber e chupar seus seios, e então... Irei atormentar aquele seu lugar lá embaixo... da maneira mais indecente possível.”

Ferrou.

“Eu a farei sentir, de novo e de novo, e mesmo que me implore, eu não vou parar. Prepare-se, Marika.”

Meu corpo inteiro começa a formigar sem parar.

“Vou lhe mostrar quem é a galinha.”

Apenas esse sussurro malicioso e doce, é o suficiente para me deixar molhada.
De repente, Aya morde a minha orelha com força o bastante para me fazer grunhir de dor.
Então, ela se levanta novamente, ainda me segurando, e fixa seus olhos em mim. Eu me sinto atravessada pelo seu olhar frio, mas também apaixonado, porém ainda consigo espremer minha voz com uma expressão irônica.

“E-então tente...! Até parece que você vai me fazer gozar com suas técnicas mixurucas...”

Acho que não vai demorar muito para eu começar a chorar e pedir perdão com uma voz mimada e obscena.


***



“B-bem-vinda.”

Eu abri a porta do meu quarto e convidei Aya para entrar, parecendo uma garçonete de restaurante...

“...O quarto da Marika.”

Meu quarto, assim como o resto da casa, não é nada demais. Tem uma cama, uma escrivaninha, e uma pequena estante ao lado com alguns aromas e outras coisinhas.
Do outro lado, tem um enorme guarda-roupa repleto de coisas que eu uso no dia-a-dia, e de coisas que nem uso mais. E perto da porta, um cabideiro com roupas sazonais. É roupa pra dar e vender.

“Eu sei, está meio bagunçado...”
“É muito adorável e feminino. Tem vários itens de aroma, isso é bem a sua cara, Marika.”

Aya vaga pelo meu quarto, cheia de curiosidade. Isso me deixa inquieta.

“Não se incomoda com o cheiro? Tá tudo bem?”
“Sim, sim.”
“Eh!?”
“Tem o seu cheiro... Isso não é bom.”
“Ah, então foi por isso que você não entrou aqui ontem...”
“Ontem... foi... sim, foi por isso.”

Eu me sento na cama, ainda nervosa, pego minha almofada rosa e a abraço.
Normalmente, eu passo a maior parte do tempo na sala de estar, então mal fico no meu quarto. Ah, mas pelo menos um terço do meu dia eu passo nele, dormindo.
Aya se aproxima e se senta ao meu lado, naturalmente. Em seguida, ela coloca sua mão em minha coxa. Típico da Aya.

“Eu vou me sentar na cama.”
“Você já está sentada.”
“Eu vou tocar a Marika.”
“Você já está me tocando!”

Me pergunto se ela está declarando cada movimento como sinal de integridade à minha mãe.

“Você não precisa falar o que vai fazer.”
“Tem razão. Você não quer adiar mais isso, não é?”
“Não é isso... é você que não aguenta mais, não é?”

Aya aproximou gradativamente seu rosto do meu enquanto eu falava. Eu fecho meus olhos, aceitando seu beijo. Esse beijo suave e gentil, me fez tanta falta.
Estou feliz... Ela finalmente me beijou.
Aya lambe seus lábios e cruza seus olhos com os meus, nossos narizes se encostando.

“Verdade, eu não aguento mais. Eu te amo tanto, Marika.”
“...Mesmo não tendo se importado com meus sentimentos?”
“Sim... Eu sinto muito... por deixá-la sozinha.”

Mumu... tão gentil...
Aya me empurra na cama lentamente. Não sei se é porque estamos na minha cama, mas me sinto mais segura que o normal. Porém, eu ainda prefiro o quarto da Aya.

“Então, o que eu devo fazer hoje...?”

Eu viro minha cabeça para o lado e solto um grunhido, como se estivesse tentando esconder minha vergonha. Afinal, não faz muito tempo que eu a chamei de galinha e suas técnicas de mixurucas. O fato de Aya estar sendo gentil agora, não significa que ela continuará gentil nos próximos segundos. Meu medo cresce a cada instante.
No entanto, Aya balançou a cabeça.

“Você não precisa fazer nada.”
“Isso é o que me assusta...”
“Você não sentirá nada além de prazer, princesa Marika.”

Subitamente, Aya enfia sua mão em minhas calças. Uwa, que rápida. Eu me sinto ainda mais embaraçada quando percebo como minhas partes baixas já estavam encharcadas. E apesar de Aya me tocar delicadamente, meus gemidos saem altos.
Eu pensei, “Ah, ela vai dizer como eu sou safada de novo.

“O que é isso? Mas já está assim? Você não para de me chamar de pervertida, mas olhe pra você. Você é muito simples, realmente. Não tem vergonha de si mesma?”

Meus ouvidos são penetrados pela voz da Aya, que soa fria e pontiaguda como uma estaca de gelo.

“Eh... Eh?”

Eu olhei para Aya por um momento, incerta se de fato entendi o que ela acabou de dizer.
Os olhos de Aya me encarando são gelados, me fazendo tremer como se estivesse lá fora no frio.
O modo como ela falou soou como se estivesse me desprezando, como se eu não merecesse respeito.
Mas Aya logo sorriu gentilmente e disse.

“Mentira. Sinto muito, é que... Você é tão fofa. Você está assim por culpa minha, não é? Então, eu assumirei a responsabilidade, está bem?”
U-Umm...”

Quando eu estava para dizer algo, ela rapidamente sela meus lábios com os dela.
Ah, não, seus dedos se movem lá embaixo, tocando nos melhores pontos. Meu corpo paralisou completamente, já não tenho mais forças para me mexer. Posso sentir o meu corpo chegando ao limite, as pontas dos pés se curvam em antecipação pelo prazer iminente.
Mas... nada aconteceu. Aya parou logo antes da onda de prazer me levar. Eu olho para ela com temor.
Novamente, o olhar da Rainha do Gelo...

“Ei, eu não te culpo por isso, mas você percebeu que seu corpo não para de tremer e se contrair, me implorando para continuar? Você estava tão ansiosa assim? Eu sabia que você estava excitada, mas não imaginei que fosse nesse nível.”
“É-é que...!”

Eu disse embaraçada, mas Aya parecia tão zangada com aquele tom de voz, que me senti ameaçada e fiquei calada.
Aya me beija mais uma vez. Depois, ela mudou de posição, como se estivesse ajoelhada sobre mim. Ela acaricia minha cabeça com uma mão, enquanto a outra continua pressionando minhas partes baixas com a ponta dos dedos.

“Mas tudo bem, afinal você é fofa, então apenas seja você mesma. Eu irei mimá-la, e muito.”
U-umm... O que você pretende fazer...?”

Eu comecei a entender o padrão da Aya. Parece que ela alterna entre palavras rudes e gentis. Eu entendi, mas ao mesmo tempo não entendi nem um pouco, por isso perguntei.

“Não só o seu corpo.”

Então, Aya falou em tom gelado.

“Eu também quero brincar com a sua mente.”

...
Não, isso é demais, demais mesmo... É assustador. Aya gelada é a coisa mais assustadora.

“Por isso.”
“Hya!”

De repente, sinto algo como um choque elétrico em minhas partes baixas. Os dedos de Aya pressionam e acariciam a superfície e um ponto particularmente sensível. Quando molhou o suficiente, ela espalhou o néctar nos arredores. Eu sinto o lugar entre minhas pernas contrair repetidamente, ao perceber que Aya finalmente vai me acolher e cuidar de mim.

“Assim.”
“D-do nada... haa... haa...”

Aya ataca impiedosamente logo de cara. Seus dedos apertam e fazem círculos ao redor da minha protrusão.
Isso não é bom. Pois era exatamente isso que eu estava esperando da Aya.
Seus movimentos são simples, mas me dão um prazer muito além de quando eu mesma me toco. Aquele choque começa a percorrer minha espinha e minha mente embranquece.
Meu corpo inteiro tensiona, e minhas mãos agarram-se firmemente nos lençóis.
Haa... haa... Minha respiração está cada vez mais acelerada. Todos os nervos de prazer dentro de mim estavam ansiando pela Aya. Então não importa o que ela faça, eu sentirei uma extrema onda de prazer. Como uma cachorrinha que cumprimenta a dona na porta quando chega do trabalho.

“Não acredito. Eu mal comecei e você já gozou? Cadê aquela garota toda convencida? Eu sabia, era só conversa. No fim, você se entrega ao prazer. Você não tem orgulho? Dignidade?”
“É-é que... é que... é que...”

Entorpecida pelo clarão do prazer doce e agudo, com minha visão turva por conta das lágrimas, eu olho para Aya. Ela me encara de cima, e enrosca a mão em meus cabelos carinhosamente, como se estivesse me acariciando.
Agora, é a vez da Aya gentil.

“Marika ama sentir prazer, não é? “Eu não consigo evitar, afinal é tão bom,” não é isso que pensa? Ou sua cabeça está em branco? Você parece uma bebêzinha molhando a cama, tão fofinha. Tudo bem, Marika, você pode ser um bebê. Eu farei tudo por você.”

Ela me beijou, dessa vez na testa, depois na bochecha, na ponta do nariz, e por fim nos lábios.

“...Ayaaa...♡”
“Agora, aqui. Depois aqui, e aqui também—”
“—A-Aya, ah!”
“Que menina boazinha. Sabe, eu também amo fazer essas coisas.”

O polegar de Aya acaricia meu ponto mais sensível, enquanto seu dedo médio cuida da abertura. Eu já estava no limite, e eventualmente, seu dedo finalmente entrou e me penetrou fundo. Como um balão inflando, a sensação cresce e se espalha lentamente pelo meu corpo.
O intenso estímulo me ataca por fora, e o prazer relaxante me consome por dentro. Eu estava sendo espremida entre eles, e sem suportar, eu roço meu rosto no colo de Aya e balanço a cabeça.

“Ahh, não, não, ah, a-ahhh...”
“Já vai gozar de novo? Que garota safada, você só pensa nisso. Eu não criei isso em você. Você sempre teve esse pedacinho de indecência dentro de você, não é?”
“N-Não, n-hnn...♡”

Chegando ao meu limite novamente, eu solto um enorme gemido. Dessa vez, a onda foi mais forte e intensa, e minha voz saiu levando junto quase todo o meu oxigênio.
Não só minhas pernas, mas meus olhos também estão molhados.

“Isso, isso... Essa última foi ótima, Marika. Você se encolhendo em meus braços com um corpo tão fervente, tão fofa. ...Que menininha adorável.”

Ela me beija gentilmente na orelha.
Apesar de eu saber que ela está zombando de mim por parecer uma criança, eu não tenho forças para revidar. Não minha mente, mas o meu corpo, sabe o que está acontecendo. Meu corpo sabe que se sentirá ainda melhor se a obedecer ao invés de resistir.
Aya me acolhe com uma das mãos. Esta posição, realmente parece uma mãe cuidando de um bebê. Mas a outra mão está firmemente conectada ao meu corpo... me fazendo sentir estranhamente segura.
É como se Aya tivesse controle total sobre mim...
Eu acho que Aya não entendeu direito e pensa que eu quero ser tratada assim. Mas tudo bem, já que meu corpo está regozijando-se com isso...

“Então, Marika. Está arrependida?”
“Fueh...”
“Vamos, repita comigo, ‘Sinto muito por te culpar, Aya, mesmo eu sendo uma garota safada.’”
“E-eu não...”

Eu roço minhas coxas juntas e mexo meus quadris. Mas parece que Aya não pretende continuar a me fazer feliz, ela apenas me encara com aquele olhar gelado.
Eu sei... Eu sei que sentirei o que eu quero, e muito mais, se eu obedecer a Aya. Mas o que sobrou da minha parte racional me impede de agir.
No fundo da minha mente, eu digo a mim mesma que não quero fazer isso. Mas neste exato momento, estou sendo tratada como um bebê pela Aya, e um bebê não possui raciocínio.
Eu sei que se eu mimá-la, se eu agradá-la, a recompensa que ela irá me dar valerá muito a pena.
Então... não há nada de errado em eu fazer isso...
Minha cabeça derreteu, eu convenci a mim mesma com um motivo nada convincente. Eu nem me importo mais com isso.
As palavras de Aya me lembram o quão mal eu a tratei mais cedo.
Mas por algum motivo, a impaciência do que estava por vir preenche o meu peito com um senso devastador de euforia, tanto que a mão de Aya ligada a mim começa a se encharcar novamente.

“E-eu... sempre... fui uma... garota safada... E-eu... sinto muito... por lhe culpar... Aya...”

Mas apesar de obedecê-la, isso não me impediu de sentir uma imensa vergonha. Minhas bochechas esquentam, e eu consegui falar com uma voz chorosa.
Quando ela me faz gozar, eu finalmente consigo ser mais honesta. Eu gostaria de ser assim o tempo todo. Se eu fosse assim, Aya teria me atacado muito antes.
Eu pensei que depois disso, Aya seria gentil novamente, mas eu errei.

“‘Eu sou a galinha. Me perdoe por afrontá-la, Aya. Sinto muito por não ter sido honesta com você.’ Vamos, estou esperando.”

Isso é apenas parte do jogo dela, me forçando a dizer essas coisas. Eu achei que já tinha entendido tudo, mas... sinto que se eu obedecê-la, algo mudará dentro de mim.
Mas eu preciso falar... Pois Aya está me encarando com aquele olhar gelado.
Se eu não falar... ela não me dará mais prazer.

“Eu... sou a galinha... Me perdoe por ir contra você, Aya...”

Com olhos lacrimejando, eu estendo uma das mãos para tocá-la. Eu alcanço um de seus seios, e só isso já faz meu coração acelerar e o estímulo aumentar.

“Sinto muito por não ter sido mais honesta com você... Me desculpe... Aya.”
“Mmm.”

Aya abraça minha cabeça gentilmente, com um sorriso diferente de todos que já tinha visto ela fazer.
Eu gosto, é quentinho.

“Sinto muito. Eu sabia como você se sentia. Eu sabia, mas fui teimosa e fingi não saber... Mas, eu quero te fazer feliz. Eu quero que você seja feliz ano que vem, no ano seguinte, e em todos os anos futuros. Por isso eu fui atenciosa e pensei muito na sua família... Mas, graças a você, agora eu sei que não há nada de errado em fazer isso. Muito obrigada, Marika.”
“Aya...?”

Essas palavras são complicadas demais para uma criança, no caso eu, entender. Porém, eu tenho certeza que ela está pensando em mim.

“Marika, você gosta de seios?”
“...Sim... eu amo... seus seios...”
“Acho que não dá pra evitar, né? Marika é apenas um bebê.”

Aya dá uma leve risada e retira sua mão de minhas pernas. “Ah...,” um grunhido triste sai de minha boca involuntariamente. Aya levanta suas roupas com cuidado e encosta seus seios, agora expostos, no meu rosto.

“Aqui, meu amor.”
“Hmm...fu...”

Eu suavemente começo a chupar o mamilo de seu seio. A sensação de formigamento chega até minhas partes baixas novamente, mesmo não sendo eu quem deveria sentir isso...

“Ah, Ahh, ahh... Aya!”

Aya começa a mexer em meu lugar sensível de novo. E dessa vez, ela sussurrou, “Isso é o suficiente?” e usou uma técnica tão habilidosa que me fez gozar quase que instantaneamente.

“Ah-ahhhhhh, n-não, assim não...! E-eu não... consigo, estou gozando, gozando! Seus seios, eu... ahhhhh!”
Fufu... Que menina indecente, tão absorta pelo prazer que nem consegue mais mamar. Menina má...”

Ela me repreende com uma voz gentil e fria, doce e amarga.
Como Aya havia declarado, minha mente está em pedaços, e tudo que posso fazer é me agarrar desesperadamente ao pouco de consciência que ainda me resta, para que não seja levada pelo prazer.
Ah, não. Minha cabeça e corpo se contorcem repetidamente, uma onda avassaladora está me levando.
Ahhh, é tão bom. Tão bom, tão bom, eu vou quebrar.
Meu corpo está coberto de suor. Eu posso ouvir um som estranho ecoando ao longe, mas aos poucos ele fica mais próximo, e percebo que sou eu mesma arfando incontrolavelmente.
Tentando disfarçar, eu exponho minha língua e começo a lamber o seio de Aya. Eu amo seus seios, que agora estão com os mamilos ainda mais durinhos.

“Mmm...chupa, chupa..Aya...”
“Marika... Hmm... dessa vez você gozou bem forte e por um tempinho.”
“É... eu gozei...”

Aya acaricia minha cabeça e sorri com uma expressão tranquila. Eu tomei um tempo para recuperar o fôlego, mas assim que estabilizei, ela voltou a me estimular intensamente entre as pernas.

“Toda vez que eu lhe atendo, você chupa meus seios. Sabe o que isso quer dizer? Que Marika é uma garotinha muito mimada~”

Eu estou envergonhada, mas não me restou energia para deixar isso claro.

“Aaaaah...Uwaa...ugh...ah, ah, ah, de novo, de novo, gozando...ah ah ahhhhh...”
“Dessa vez, eu vou garantir que seja tão forte ao ponto de quebrá-la por um tempo.”
“Não, não, g-gozando, gozando, gozando de novo, de novo, ahhh gozando, gozando...!”
“Cada parte do corpo de Marika possui um ponto fraco. Aqui também é bom, está vendo? Eu sei exatamente o que você anseia.”
Kyaa, e-eu... vou enlouquecer... não, não... não consigo... parar! Eu vou quebrar!”

Essas súplicas são verdadeiras. Meu corpo não se move mais, é aterrador, como se meu corpo estivesse sendo sugado por um buraco negro de luxúria.
A luz atrás de meus olhos piscam repetidamente, e sinto como se meu corpo fosse explodir com todo esse prazer violento me preenchendo. Sinto como se não fosse mais eu mesma.
Aya me beija na orelha suavemente e sussurra como uma autêntica succubus.

“Pode quebrar à vontade. Quebre, Marika. Deixe tudo derreter e desaparecer. E lembre-se: eu te amo, Marika.”
“Ahh! Ahhhh! Aaahhhh!”

Eu ouço um barulho em minha cabeça, como se um vaso cristalino tivesse sido quebrado em pedacinhos. Ah... não dá... é bom demais... eu vou morrer.
O limite o qual eu insistia que jamais atravessaria foi violado, e isso é irreversível.
Não consigo respirar.
O formigamento já não afetava apenas minha superfície, mas também causa uma sensação eufórica em meu estômago vindo de seus dedos.
Tudo parece branco ao meu redor, um claro e puro branco.
Enquanto minha consciência se desfaz completamente, sou envolvida por uma gentil névoa rosa.
Eu quase desmaiei com essa explosão de satisfação dentro de mim enquanto me aninho em seus seios, e Aya me acolhe firme em seus braços.
Com um pouco de suor, mas é o mesmo cheiro da Aya de sempre. Me pergunto porquê me sinto tão confortável ao seu lado. Somos namoradas há seis meses... mas sinto como se a conhecesse desde criança.
...Como se Aya tivesse me dado à luz.
Me pergunto se maternidade é algo assim. Ela perdoou meu egoísmo, minha teimosia e estupidez... Ela me repreendeu... me mimou... e me deu prazer. Aya é a minha felicidade.
Foi tão bom, tão bom...
Eu nunca imaginei que garotas pudessem sentir tanto prazer juntas. Somente Aya me ensinou isso.
Eu amo a Aya... Amo demais...
Aya me beija, enquanto meu corpo continua derretendo lentamente.

“Foi tão bom que você quase desmaiou. Vamos fazer uma pausa, Marika. Se você não repor água, vai acabar desmaiando de desidratação. Também temos aula amanhã. Vou arranjar uma toalha.”
“...Aya...”

Minha boca inanimada mal se abriu para murmurar, como se eu não conseguisse mais me comunicar, apenas reagir a estímulos externos.
No entanto, eu ainda pude escutar claramente as palavras seguintes.

“Após o seu descanso, continuaremos. Você ainda se lembra da palavra segura, não é? Bom, mesmo que lembre... ao que tudo indica, parece que você não conseguirá usá-la esta noite.”

Ela amavelmente acaricia meu cabelo e me beija na bochecha.
Me sinto como um bebê que não consegue fazer nada além de esperar pela atenção de Aya.

“Eu assumirei total responsabilidade por todo o seu declínio acadêmico, então por favor, não se preocupe e aproveite.”

Tem razão, Aya...

“Awa...”

Eu pensava que derrotaria Aya nos próximos testes, mas nesse ritmo, não serão apenas minhas notas que cairão. Mas...
Agora, eu estou sentindo prazer e felicidade... então não tem problema.

E então, como imaginei, eu passei a noite inteira me divertindo com Aya, recebendo toda a atenção e amor que eu poderia querer... Um final feliz......?

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