34 - A Jovem Senhorita não Faz Nada Porque Está na Prisão
Assediar a Rachel gradualmente se tornou uma atividade extracurricular para o príncipe Elliott e seus comparsas. Eles estão de volta hoje, de pé perto da prisão e se preparando para o ataque.
Enquanto o Elliott dava ordens, sua voz cheia de esperança de que as coisas darão certo desta vez, Rachel enfiou a cabeça pela janela gradeada.
[Sir Sykes está com você?], ela perguntou ao Elliott.
[Huh? Eu?], Sykes foi até a janela. [E aí?] (Sykes)
[Achei que deveria me desculpar antecipadamente. Eu sinto muuuito] (Rachel)
[Você deveria dizer isso para a Margaret!], Elliott interrompeu.
Rachel ignorou o Elliott e deu um sorriso perturbado para o Sykes. [Você vê, com a abundância de tempo livre em minhas mãos, eu tenho escrito para todas as minhas amigas. Quando a Martina ouviu sobre a coisa com a Margaret, bem...] (Rachel)
[O qu-?! Não me diga que você contou a Martina sobre a Margaret?!], Sykes gritou.
Rachel mostrou a língua e deu uma risadinha fofa. [Eu contei, e, bem... Ela veio] (Rachel)
Rachel começou a explicar que a Martina a tinha visitado anteontem, mas o Sykes saiu correndo o mais rápido que suas pernas permitiam.
[E-Ei, Sykes?!], gaguejou um dos parasitas do Elliott.
[Sir Abigail?!], gritou outro.
O resto da comitiva do Elliott chamou o Sykes, mas era questionável se ele os ouviu.
Elliott, o único ciente da situação, empalideceu. [Rachel, o que foi que você fez?!] (Elliott)
[Não, não, você não entendeu], ela respondeu. [O tópico principal foi sobre como você rompeu nosso noivado e me aprisionou. Mas por algum motivo, Martina reagiu à notícia de que o Sir Sykes e a Margaret estavam se dando bem] (Rachel)
[Sim, claro que ela iria! Todos, de volta ao palácio! Sykes está em perigo!] (Elliott)
[[[[Huh?]]]] (Outros)
O resto do grupo, não familiarizados com os detalhes, inclinaram a cabeça em confusão.
Lorde Abigail, o comandante dos cavaleiros, estava sentado em uma sala de conferências com os outros superiores e acariciava seu cavanhaque enquanto ouvia um relatório. De repente, passos apressados ecoaram pelo corredor do lado de fora. Os cavaleiros, veteranos que eram, podiam discernir que, por mais barulhentos que fossem, pertenciam a apenas uma pessoa.
[O que está acontecendo?] perguntou um dos capitães sentados à mesa. [Um de vocês, vá olhar] (Capitão)
Um cavaleiro mais jovem que estava por perto caminhou até a porta bem a tempo de ela se abrir e jogá-lo no chão.
[O que está acontecendo?!] (Sykes)
Todos os cavaleiros se levantaram, desembainhando suas espadas quando o Sykes horrivelmente perturbado entrou na sala.
[Sykes?], Lorde Abigail questionou.
O pai do Sykes olhou incrédulo enquanto seu filho apontava um dedo para ele e rugia: [Velho! Me dê dinheiro!!!] (Sykes)
Vendo que era apenas o filho idiota de seu comandante aqui para mendigar dinheiro, os capitães cavaleiros reunidos esfregaram as têmporas em desânimo.
Lorde Abigail suspirou, então falou com seu filho em nome deles.
[Sykes, você é quase um adulto, em breve será um cavaleiro de verdade. No entanto, aqui está você, interrompendo uma reunião oficial para me implorar por dinheiro. Deixe-me ser claro, ok?! Você já está enfrentando críticas por não dissuadir Sua Alteza sobre a Senhorita Ferguson! E além disso, você está bajulando a amante dele, apesar de ter sua própria noiva! Você não tem bom senso?! O que aconteceu dessa vez? Outro presente para a senhorita Poisson? Se você é tão generoso, então pegue algo para a Martina primeiro!] (Lorde Abigail)
Não prestando atenção ao sermão de seu pai, Sykes retrucou: [Isso é sobre a Martina! Ela recebeu uma carta da Rachel, e agora ela está aqui! Não temos tempo para palestras, velho! Eu preciso do dinheiro para escapar!] (Sykes)
Lorde Abigail tirou a carteira do bolso e jogou para o Sykes. Então ele olhou para os outros comandantes e instruiu: [Reúnam os cavaleiros e preparem-se para o combate armado! Mobilizem as tropas de nossas guarnições fora da cidade e coloque-as em guarda também! Se ela chegar perto, não haverá como pará-la! Peça aos soldados que tragam os grandes escudos que usamos para as batalhas de cerco!] (Lorde Abigail)
Os cavaleiros entraram em ação. Eles gritaram para frente e para trás enquanto respondiam à crise repentina.
[O que nosso inspetor no leste está fazendo?!], perguntou um cavaleiro. [Ele deveria ter observadores monitorando a Senhorita Evans, não é?!] (Lorde Abigail)
Outro cavaleiro respondeu: [A companhia de cavalaria para a qual ela foi designada estava observando-a! São quatorze homens bem treinados!] (Cavaleiro)
Lorde Abigail olhou para seu filho e apontou para o norte. [Leve um cavalo rápido para o centro de comando no Vale da Areia! Pegue emprestado o dinheiro que precisar lá!] (Lorde Abigail)
[Desculpa pai! Se nós dois sobrevivermos, vamos nos encontrar novamente!] (Sykes)
Sykes girou nos calcanhares, pronto para desaparecer. No entanto...
[Você sabe que estou aqui, então para onde você está fugindo sem me ver? Bem, Sykes?] (Martina)
Em algum momento, Martina apareceu na porta. A encarnação do amor e da morte bloqueia calmamente a saída. Depois de um momento, ela entrou na sala de conferências. Sua postura é sólida, então ela pode andar elegantemente sem sacudir o centro de seu corpo alto e esbelto.
Martina tem cabelos pretos brilhantes até a cintura, presos em um rabo de cavalo, e pele lisa e bronzeada. Não havia sinais de maquiagem em seu rosto, e ela não atende aos padrões de beleza esperados de uma filha de nobre, mas seus olhos grandes e lábios finos projetam um ar de nobreza. Ela teria parecido uma bela jovem, mas as pupilas de seus olhos grandes e sem luz estão totalmente dilatadas, e a estranha sede de sangue que emana de todo o seu corpo pode até fazer um homem adulto se sujar.
Quando os cavaleiros na sala viram a Martina, eles congelaram. Ela está louca hoje. Este foi o mais desequilibrado que ela esteve nos dez anos desde que ficou noiva do Sykes. Os cavaleiros haviam enfrentado várias crises como esta antes, mas ela está tão claramente perturbada agora que dá para ouvir seus joelhos batendo juntos de terror.
[O que os caras na fortaleza estavam fazendo?], um dos oficiais murmurou.
Martina sorriu. [Eu estava com pressa para vir, mas todos tentaram me impedir, então... usei meus punhos nus para persuadir cerca de vinte deles. Depois disso, eles ficaram muito felizes em me deixar passar. Mas demorou para convencê-los, e isso atrasou minha chegada] (Martina)
A sala de conferências estava silenciosa. Por causa da aparência dela agora, ninguém é tolo o suficiente para duvidar dela.
Enquanto os cavaleiros prendiam a respiração, Lorde Abigail levantou a mão para que todos parassem.
[Martina], ele disse, [Eu sei que você está preocupada com os rumores sobre o Sykes, mas você jurou servir aos cavaleiros. Sair do seu posto para vir vê-lo causa problemas] (Lorde Abigail)
Martina olhou para o comandante cavaleiro, com lágrimas nos olhos, e gritou, [Eu sei disso, mas agora não é a hora! Talvez um velho seco como você não entenda, mas o Sykes está me traindo! Não posso perder tempo defendendo o país!] (Martina)
[Por favor, coloque o país em primeiro lugar!], Lorde Abigail implorou.
[Não! Tornei-me uma cavaleira para proteger o Sykes! Quando fiz meu juramento, disse meu amado Sykes em vez de Sua Majestade o rei! Esta espada é para defender meu futuro com o Sykes! Eu não dou a mínima para um velhote com quem eu nunca falei!] (Martina)
[Essa é a pior coisa que um cavaleiro pode dizer!] (Lorde Abigail)
Ignorando todos os velhos aturdidos, Martina se aproximou do Sykes.
[Sykes... o que é isso? Diga-me, você poderia?] (Martina)
[U-Um, er, uh...] (Sykes)
Enquanto o Sykes continuava a gaguejar, um dos capitães silenciosamente sinalizou para os outros. Todos os cavaleiros se moveram como um só e atacaram a Martina por trás.
Desembainhando sua espada mais rápido do que os olhos podiam ver, Martina girou uma vez para cada lado dela. Em segundos, oito cavaleiros estavam deitados no chão, gemendo de dor. Ela os enviou voando. Eles não estão feridos, mas estão segurando seus peitos e se debatendo.
Os oficiais engoliram em seco, inconscientemente dando um passo para trás.
[Ela balançou naquela velocidade, mas ainda conseguiu acertá-los no peito com a parte plana de sua lâmina?!], um dos capitães disse com admiração.
Os homens se aproximaram dela por trás, mas ela atingiu várias pessoas simultaneamente sem olhar. Foi quase milagroso.
[Oh, ela só é impressionante quando o Sykes está envolvido] (Capitão)
[Não é à toa que eles a chamam de Berserker do Amor!] (Capitão)
Martina é uma jovem promissora, mas suas habilidades só a colocam entre os cinco melhores cavaleiros estagiários. Ela deveria estar abaixo do Sykes, que poderia ter competido pelo primeiro lugar, mas sempre que há uma mulher ao redor do Sykes, Martina faz esses ataques desumanos.
[Achei que uma breve passagem pela fronteira esfriaria a cabeça dela] (Lorde Abigail)
[A distância piorou? Antes disso, ela não teria abandonado seus deveres para voltar...] (Capitão)
Os cavaleiros sussurraram entre si, olhando para o Sykes. Ele podia senti-los pressionando-o silenciosamente para {apenas se casar com ela}.
Sykes, mais pálido do que nunca, desabafou, [N-Não seja ridículos! Vocês todos agem como se isso não tivesse nada a ver com vocês. Antes de empurrar isso para mim, tentem se casar com ela!] (Sykes)
Foi quando aconteceu.
Todos os rostos dos cavaleiros pareciam estar dizendo, {Oops}, e o Sykes percebeu que ele tinha acabado de dizer algo que ele realmente não deveria ter dito. Ele se virou hesitante, mas antes mesmo que a Martina entrasse em sua linha de visão, ele já podia ver a aura rodopiante e irada que a cercava. Ele congelou, assustado demais para virar a cabeça ainda mais.
Ao contrário da raiva flamejante que ameaçava queimá-lo, um sussurro gelado entrou em seu ouvido. [Ei, Sykes, o que você não gosta em mim? Se você tem algo a dizer, por que não diz na minha cara? Estamos perto, não estamos? Eu quero que você seja honesto comigo...] (Martina)
Sykes resolveu-se e dirigiu-se lentamente à sua suplicante noiva. [Martina, ouça—] (Sykes)
[Não! Eu não quero ouvir!] (Martina)
[Mas eu nem disse nada ainda?!] (Sykes)
Antes que o Sykes pudesse dizer mais alguma coisa, ele deu um chute na bunda dele. Ele se jogou para a frente, caiu no chão e rolou de costas. Ele tentou rastejar para longe, mas a Martina está de pé sobre ele, sua espada apontada para ele.
[Eu ouvi um boato estranho, você sabe? Ultimamente, você está obcecado por essa porca chamada Margaret. Então, Sykes, vamos nos casar. Você não se casaria com uma família que cria porcos, não é?] (Martina)
Quando ele viu os olhos da Martina, mesmo um idiota como ele poderia dizer que ele está com sérios problemas. Os rumores a deixaram absolutamente louca.
Sorrindo educadamente em uma tentativa de evitar agitá-la, Sykes jogou junto e disse, [C-Claro que não, Martina! Eu-] (Sykes)
[Não minta para mim! Eu tenho ouvido por toda parte como você está obcecado por uma cadela no cio chamada Margaret!] (Martina)
Martina montou no Sykes, agarrou-o pelo colarinho e balançou o outro punho.
[Você. Tem. Alguma. Ideia. Do. Quanto. Eu pensei. Sobre. Você. Enquanto. Eu. Estava. Longe?!] (Martina)
Um baque molhado pontuava cada palavra.
[Você é. O. Único. Para. Mim! Não. Olhe. Para. Outras. Garotas!] (Martina)
Suas pausas estavam ficando cada vez mais curtas. A multidão, que não podia fazer nada além de assistir, começou a se preocupar com a possibilidade d Sykes já estar morto.
[Apenas. Olhe. Para. Mim! Não. Faça. Eu. Acertar. Você. Desse. Jeito!] (Martina)
Enquanto a Martina falava sem parar, a multidão ficou menos preocupada se o Sykes estava vivo e mais preocupada se sua cabeça permaneceria presa ao corpo.
[Você entende?! Este. Pode. Ferir. Você. Mas. Isso. Machuca. Meu. Coração. Muito. Mais!] (Martina)
Martina olhou para o teto e lamentou em desespero.
Ouvindo a tristeza em seus gritos, toda a multidão pensou: Definitivamente está machucando mais o Sykes. Nisso, todos estão de acordo.
Com o mesmo sorriso distorcido ainda em seu rosto, Martina começou a tatear em torno de sua cintura para a adaga pendurada lá.
[Ei, Sykes... A razão pela qual você continua me traindo é porque existem outras mulheres no mundo, certo? Eu sei que não posso matar todas as mulheres por aí, então vamos para o céu, onde estaremos só nós dois, ok? Hee hee, estaremos juntos para sempre!] (Martina)
Enquanto os cavaleiros discutiam sobre quem deveria intervir – ninguém queria ser o primeiro – Martina encontrou sua adaga.
[Pare! Não lute por mim!] (???)
A voz de outra mulher ressoou por toda a sala. Cada cabeça girou para olhar para a Margaret quando ela entrou junto com o Elliott e seus comparsas.
Os cavaleiros ficaram ainda mais pálidos do que antes. Ela é a última pessoa que precisamos aqui! eles pensaram. Ela será apenas combustível extra para o aquecedor de água que fervia apenas para o Sykes!
Quando o Lorde Abigail viu a Margaret, ele gritou: [Corra, Senhorita Poisson! Martina está em modo berserker! Não podemos detê-la!] (Lorde Abigail)
Margaret inclinou a cabeça. [O que disse?!] (Margaret)
Levantando-se da forma imóvel do Sykes, Martina levantou-se lentamente.
[Oh, eu entendo. Então você é o zoológico de uma mulher só. Uma porca, uma cadela e uma raposa, tudo em uma] (Martina)
[Zoológico de uma... o quê?! Quem é você, senhorita?!] (Margaret)
Enquanto a Margaret corajosamente respondia a Martina, os comparsas do príncipe tremeram. Esta mulher claramente não é normal, ela está obviamente louca. Rachel, para referência, era sã, mas não normal.
Os olhos da Martina pareciam enlouquecidos. Ela pegou a espada que havia deixado de lado mais cedo e sorriu um sorriso torto.
[Prazer em conhecê-la. Eu sou a noiva do Sykes, Martina Evans] (Martina)
Margaret baixou a cabeça, sem saber o que fazer com isso. [Uh... Encantada, tenho certeza?] (Margaret)
Martina deu um passo à frente. [Sykes teve que passar pelo inferno por causa de suas artimanhas femininas...] (Martina)
Não, você é quem o colocou no inferno, pensaram os cavaleiros, mas eles foram espertos o suficiente para manter a boca fechada.
Martina não se importava com o que eles pensavam. Seu foco está inteiramente na Margaret.
Com um sorriso quebrado, Martina declarou, [Eu vou ter sua cabeça!] (Martina)
[Cuidado, Margareth!] (Elliott)
Sentindo o que estava por vir, Elliott derrubou a Margaret no chão. A espada da Martina passou por cima de suas cabeças. A ponta cega de sua lâmina arrancou vários fios de cabelo das tranças da Margaret, que caíram mais devagar do que o resto dela.
[Ow, isso dói!], Margaret gritou.
[Tch! Errei!] (Martina)
Margaret compreendeu a situação no momento em que a Martina preparava sua espada para atacar novamente. A cor desapareceu do rosto da Margaret quando ela percebeu que a lâmina da Martina quase a havia partido em dois.
[N-Ninguém nunca te disse que é perigoso balançar isso?!], Margaret gritou.
[É claro. Estou balançando para matar você], Martina ajustou seu aperto na espada. [Há muitas cadelas no mundo olhando para o Sykes. Ele e eu estamos indo para o céu, onde viveremos sozinhos em êxtase] (Martina)
[Huh? Ah, sim?] (Margaret)
[Então, para ter certeza de que você não nos siga para o mesmo céu, sua vira-lata imunda, eu vou picar você e espalhá-la no chiqueiro] (Martina)
[Uh... Espere! Eu?! Por que?! Espere?!] (Margaret)
[Eu não vou esperar!] (Martina)
Martina se aproximou lentamente. Margaret recuou lentamente.
[Podemos conversar sobre isso!], Margaret implorou.
[Não, não podemos!], Martina gritou.
Margaret percebeu que a Martina estava totalmente louca, e ela se virou e saiu correndo como uma lebre.
Martina a perseguiu, mas como não estava olhando para os pés, acabou tropeçando ao pisar na cabeça do Elliott.
[Bwah?!], Elliott gritou.
[Droga!], Martina ficou de pé e deu um chute extra no homem que tinha entrado em seu caminho.
[Gweh!] (Elliott)
Nesse atraso de dez segundos, Margaret havia se distanciado bastante.
[Você não vai escapar!], Martina gritou. Ela recuou com o braço da espada e começou a perseguir a garota ruiva com todas as suas forças.
Depois que as duas mulheres saíram correndo do salão, os cavaleiros se recuperaram de sua paralisia e começaram a dar ordens aos guardas do palácio.
Wolanski se aproximou do Elliott, que ainda está no chão. [Você foi maravilhoso, Sua Alteza! Senhorita Margaret ainda está viva e correndo!] (Wolanski)
[S-Sim? Ha ha, estou feliz por ter arriscado minha vida para protegê-la. Mas enfim, meu nariz não para de sangrar. Alguém poderia me trazer alguns lenços?] (Elliott)
[Não fuja de mim, sua cadela! Vou picar você mais fino do que a carne daquela sopa rala que dão aos mendigos nas favelas!], exclamou Martina.
[Eu não vou deixar você me servir assim!], Margaret respondeu. [Eu valho mais por quilo do que aquela carne de porco barata!] (Margaret)
Durante a troca sem sentido, Margaret continuou correndo como se fosse uma velocista.
Martina correu atrás dela. Ela está vestindo uma armadura, por mais leve que seja, enquanto balançava uma espada, mas está ganhando velocidade.
Os retentores do palácio correram em confusão e terror, chocados com a destruição que a lâmina da Martina causou.
Ocasionalmente, um grupo de soldados carregando grandes escudos de ferro tentava cercá-la, mas a Martina os fazia voar pelos ares. Embora os escudos fossem reforçados com ferro, um golpe de sua espada os deformou.
Oh droga. Ela vai me cortar e me fatiar nesse ritmo. O que eu sou, um nabo? pensou Margaret. Ei, quem você está dizendo que tem coxas de nabo?!
Não era hora de reagir às próprias piadas. Ela precisa encontrar um lugar para se esconder antes que fique sem fôlego, então a Margaret continuou correndo deliberadamente em lugares apertados.
O grão-duque Vivaldi estava mostrando ao primeiro-ministro um jarro que decorava o saguão de seus quartos de hóspedes.
[Encomendei este grande pote de um jovem oleiro que é popular agora. Bastante impressionante, você não diria?] (Vivaldi)
[Oh-ho], August respondeu. [Vejo que ele variou a espessura do esmalte, criando uma boa gradação. Interessante...] (August)
[Sim. Estou muito orgulhoso disso. Esta peça resistirá ao teste do tempo] (Vivaldi)
Nesse momento, um funcionário mesquinho do Gabinete do Primeiro-Ministro correu até eles parecendo confuso.
[Vossa graça! Primeiro ministro! Evacuem imediatamente! Recebemos a notícia de que algum patife tem estado furioso pelo—] (Oficial)
Antes que o oficial pudesse terminar seu aviso, o tufão estava sobre eles.
[Morra!], Martina gritou.
[Eu não quero!], Margaret gritou.
Margaret se abrigou atrás do grande jarro, e a Martina o partiu ao meio com sua espada longa. Por um momento, parecia que não estava danificado, mas então uma costura apareceu no frasco. Assim que isso aconteceu, rachaduras se espalharam ao longo do corte, e então ele explodiu em pequenos pedaços.
Uma vez que a tempestade passou, o grão-duque lamentou ao primeiro-ministro, [Eu estava certo de que resistiria ao teste do tempo...] (Vivaldi)
Margaret não sabia disso, mas a Martina é famosa por ter ataques violentos quando o Sykes está envolvido. As pessoas do palácio, que sabiam disso, se esconderam em seus quartos durante a perseguição, empurrando desesperadamente as portas para mantê-las fechadas. Margaret percebeu que nenhum deles a deixará entrar e que ela não pode confiar nos soldados ocasionais que aparecem, então ela correu desesperadamente pelos corredores desertos.
[Eu preciso fugir. Não há como colocar alguma distância entre nós?!] (Margaret)
[Pare! Não fuja de mim, você porca!] (Martina)
Os gritos cheios de ódio ecoando atrás da Margaret estão se aproximando. Ao contrário de um espírito vingativo, Martina é corpórea, então ela é ainda mais assustadora. A expressão concisa, {humanos de carne e osso são os mais assustadores de todos}, surgiu em sua cabeça.
Margaret já está correndo há tanto tempo que perdeu a compostura. À sua frente, ela viu um terraço no final de um corredor longo e reto. Ela se lembrou de que dá para uma praça com uma grande fonte. Em outras palavras, vai para fora.
Olhando para trás, Margaret viu que a mulher psicopata atrás dela não estava nem um pouco sem fôlego. Ela fechou a lacuna inicial pela metade.
Margaret se decidiu. [Dane-se. Eu estou fazendo isto!] (Margaret)
Bombeando toda a força nas pernas, Margaret correu para o terraço e saltou do parapeito. Tendo saltado do segundo andar, ela traçou uma parábola no ar, voando uma distância considerável antes de aterrissar com um grande respingo no lago quadrado ao redor da fonte.
Margaret flutuou para a superfície, enxugou o cabelo grudado no rosto dos olhos e rapidamente olhou de volta para o terraço. Martina aparentemente tinha saltado atrás dela, mas ela não tinha voado tão longe, então ela bateu nos paralelepípedos da praça.
[Aw, yeah!] (Margaret)
Mesmo que estivessem correndo na mesma velocidade, Margaret está aliviada enquanto a Martina está sobrecarregada por uma armadura e uma espada. Martina precisaria pular com muito mais força. Margaret mal tinha chegado ao lago, então a Martina nunca teve chance.
Margaret parou em terra e viu os soldados pegarem a Martina com redes. Então suas pernas finalmente cederam debaixo dela.
[Whew... eu vou morrer...], Margaret murmurou.
E lá está a Margaret, dormindo de braços abertos no chão.
Rachel fechou o livro que estava lendo e olhou para o guarda da prisão, que estava sentado na sala da frente.
[Você está aqui há muito tempo hoje], Rachel comentou.
[Sim... Este parece ser o lugar mais seguro] (Guarda)
Alguns dias depois, Martina estava sentada no colo do Sykes em um canto do escritório dos cavaleiros. Um clima romântico pairava no ar.
[Ei, Sykes, você me ama?] ela perguntou para ele.
[Sim, claro] (Sykes)
[Que tipo de vestido você gostaria para o casamento? Não estou confiante, mas você acha que um vestido de sereia ficará bem em mim?] (Martina)
[Sim, claro] (Sykes)
[Quantos filhos você quer? Estou pensando em cinco] (Martina)
[Sim, claro] (Sykes)
[Oh, Sykes, seu bobo. Você precisa me dizer um número quando eu perguntar isso] (Martina)
[Sim, claro] (Sykes)
Martina estava falando como se fossem um casal feliz, mas o pescoço do Sykes estava com um colete, seu rosto estava inchado e ele continuava se repetindo como uma boneca mecânica. Se você ignorar como as respostas dele eram monótonas, talvez pudesse imaginá-los como um casal apaixonado.
Sentar-se no colo de um homem em público é tão vergonhoso que nem mesmo a Margaret tinha feito isso, mas ninguém no escritório dos cavaleiros iria chamá-la por isso. Na verdade, eles estavam fingindo não notar. Tentar impedir a Martina quando ela está tendo um momento romântico com o Sykes – ou pelo menos quando ela pensa estar – seria o mesmo que cometer suicídio. Se eles realmente quiserem morrer, pular das paredes do castelo seria menos doloroso.
O pai do Sykes, o comandante dos cavaleiros, espiou pela janela e murmurou: [Vamos esperar que essa explosão dela possa terminar pacificamente assim] (Lorde Abigail)
Os outros cavaleiros de alto escalão sussurraram entre si.
[Se você considerar que ela está escolhendo perguntas que ela sabe que funcionarão com suas respostas quebradas, talvez ela tenha se acalmado um pouco?] (Cavaleiro)
[Uh, eu não sei. Ela está apenas fazendo ele dizer o que ela quer] (Cavaleiro)
[Se eles começarem a brigar de alguma forma, ela terá uma recaída, e voltaremos para onde estávamos no outro dia...] (Cavaleiro)
Os soldados finalmente pegaram a Martina no meio do que quase se qualificou como uma insurreição, então não teria sido estranho se ela tivesse tomado o lugar da Rachel na masmorra. No entanto, à luz do fato de que o Sykes também é um pouco culpado, eles ignoraram seu abuso doméstico.
Mesmo assim, ela ainda desobedeceu ordens, agrediu seus companheiros, invadiu o palácio, abusou verbalmente de um oficial superior, violou seu juramento, agrediu um príncipe, destruiu propriedades, obstruiu deveres oficiais, desrespeitou um grão-duque e tentou assassinar a filha de um barão. Foi o suficiente para dar-lhe uma pequena queda e uma parada repentina três vezes, mas todos, desde o grão-duque até o soldado mais baixo, não queriam nada com a Martina quando ela sofria de cérebro romântico. Em vez disso, seus crimes foram encobertos de alguma forma, e os chefes da ordem dos cavaleiros foram solicitados a evitar uma repetição desse caso. Eles estão atualmente quebrando a cabeça em busca de ideias.
[Vamos tirá-los do palácio], sugeriu o vice-comandante. [Essa é a melhor maneira de evitar danos visíveis. Desta vez, enviaremos o Sykes com ela, e ela poderá se divertir brincando de ter uma lua de mel em algum lugar remoto. Se ela se enfurecer lá, perderemos talvez meio forte no máximo] (Vice-Comandante)
Todos concordaram com a cabeça.
O pai do Sykes suspirou. [Eu originalmente mandei a Martina embora para a fronteira para afastá-la de sua dependência obsessiva do Sykes, mas...] (Lorde Abigail)
Eles assistiram de uma janela enquanto o Sykes concordava mecanicamente com tudo que a Martina dizia.
[Ainda assim, Sykes é durão], observou um dos cavaleiros. [E pensar que ele sobreviveria a uma surra dessas. E lembra da vez em que ele ficou coberto com aquela coisa podre da lata? Ele já estava se sentindo melhor quando saiu do banho] (Cavaleiro)
[É uma de suas qualidades redentoras], Lorde Abigail disse, olhando para seus associados. [A senhorita Ferguson estava envolvida neste incidente, como pensávamos?] (Lorde Abigail)
[Ela mesma admitiu. Ela diz que enviou uma carta para a Martina sobre os acontecimentos recentes], explicou um dos cavaleiros.
[Bem, se ela quisesse o Sykes fora de cena, então enviar uma carta a Martina sobre a Senhorita Poisson faria isso, sim], confirmou outro cavaleiro.
[Ela não fez nada de errado, mas ela é claramente a causa dessa bagunça], Lorde Abigail afirmou. Ele olhou para os céus. [Se Sua Majestade e os outros não retornarem logo, temo que o crescente assédio da Senhorita Ferguson possa transformar este palácio em ruínas] (Lorde Abigail)
[Ha ha ha, que truque você acha que ela vai fazer a seguir?] (Cavaleiro)
[Não nos azare, ok?!, Lorde Abigail sibilou. [Eu não quero mais esse caos!] (Lorde Abigail)
No entanto, enquanto o relacionamento entre o príncipe Elliott e a senhorita Rachel permanecer como está, não há dúvida de que algo mais acontecerá.
Incapaz de imaginar um futuro cheio de qualquer coisa além de tristeza, os cavaleiros de elite caíram em desespero.
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