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Epílogo - Na Biblioteca Nacional do Império

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Sob o patrocínio da família imperial, uma biblioteca foi construída no império. Seu catálogo de livros e publicações abrange tempo e espaço... ou assim foi dito.

| Reporter | [É realmente enorme], fiquei na porta, que havia sido deixada aberta.

Anteriormente, eu pensava que a ostentação sobre a vasta coleção da biblioteca não poderia ser nada mais do que isso — uma ostentação, projetada para exibir o prestígio da nação. No entanto, agora que eu estou realmente aqui, percebi que estava enganado. Este lugar sem dúvida foi patrocinado pela família imperial. Sem a ajuda deles, uma biblioteca tão grande nunca poderia ter sido construída.
Eu estou aqui hoje porque ouvi dizer que o Eizo estava envolvido com o estabelecimento da biblioteca.
Um ferreiro comum persuadiu a família imperial a exercer seu poder e construir tal biblioteca. Essa ideia é absurda, até para mim, e eu ouvi relatos igualmente absurdos que acabaram sendo verdade. E, se eu acho que a verdade é ridícula, então o que os outros deveriam pensar? Como pessoas sem acesso a essas informações poderiam acreditar?
Olhei para a imensa fachada da biblioteca antes de entrar.
O interior está envolto em um ar tranquilo. O silêncio era tão profundo que o som dos meus próprios passos me fez estremecer. Está escuro, há pouca luz natural. Os insignificantes raios de sol brilhando das claraboias eram tudo o que iluminava o corredor.
Fiquei tentado a andar na ponta dos pés, mas contive a vontade e andei normalmente. Meu destino é um pouco dentro da biblioteca.

| Reporter | [Deve ser isso], eu murmurei.

A sala especialmente projetada fica um pouco afastada das estantes. É para isso que eu tinha vindo. Uma grande janela na sala permite que a luz do sol brilhante entre, iluminando o espaço.
Uma grande pintura está pendurada na parede. O tema é uma jovem vestida com roupas luxuosas e banhada pela luz do sol. Ela está olhando para mim, sorrindo suavemente.
A mulher era Annemarie Christine Weisner, uma princesa do império.

Uma placa de metal abaixo do retrato de Sua Alteza Imperial explica o motivo pelo qual ele havia sido pendurado ali: 『Este instituto foi construído sob o comando da Princesa Annemarie, cujo credo é O conhecimento deve ser dividido entre todas as pessoas』.

Entendo. A biblioteca tinha sido apoiada pela família imperial, sem dúvida. Mas não é isso que eu quero saber.
Em um canto da placa, espiei algo — o relevo de um gato sentado virado de lado.
Quando um ferreiro normal é contratado para uma peça, eles marcam o trabalho como seu, geralmente com uma pequena gravura deliberadamente projetada para ser discreta. Se eu não tivesse procurado por ela (acreditando que estaria lá), provavelmente não a teria encontrado. E, considerando o que eu tinha aprendido sobre o Eizo por meio de histórias, deve ter havido uma grande batalha por essa escultura.
Uma risada involuntária escapou dos meus lábios.
Por quê? Bem, a marca é a prova de que o ferreiro supostamente comum tinha laços com a princesa. Como alguém que evitava ativamente os holofotes — chegando ao ponto de apagar registros de sua existência do reino — ele não teria deixado tão ansiosamente evidências conclusivas de sua conexão com a família imperial.

Procurei na sala por outros sinais de seu trabalho.
Uma imensa espada larga está em exibição — ela está em desacordo com este santuário de conhecimento. Aparentemente, era 『uma arma estimada de Sua Alteza Imperial』, tive dificuldade em acreditar que a gentil dama com o sorriso suave no retrato havia empunhado tal espada. No entanto, Sua Alteza era meio gigante, então talvez seja apropriado que a espada fosse tão grande.
A marca do gato também está na espada. Rike havia sugerido que Sua Alteza havia ficado na Forja Eizo, embora não fosse de conhecimento público.
Parece que a história é verdadeira.
Continuei procurando registros da vida do Eizo. Os restos eram como aromas tênues na brisa, mas eu quero coletar o máximo de informações possível. Enquanto eu examinava alguns dos itens em exposição — a questão da minha inspeção era predeterminada — alguém atrás de mim falou.

| Anne | [Você caça com fervor]

Eu me virei para encontrar o sujeito do retrato ganhando vida.
De fato, parada na luz que entrava pela janela está Sua Alteza Imperial.
Ela sorriu, embora a expressão não tivesse a elegância praticada e a afeição daquela na pintura. Em vez disso, sua expressão me fez lembrar de uma panela à beira do ponto de ferver — um sorriso por trás do qual segredos estão fervendo.

| Anne | [Você parece ter percebido mais do que algumas coisas], ela continuou.
| Reporter | [Ah, não, eu não], eu gaguejei, incoerente, sentindo como se tivesse feito algo errado.
Observando-me, ela sorriu novamente, suavemente dessa vez. [Você não precisa ter tanto medo de mim. Na verdade, eu estava te esperando]
| Reporter | [Esperando?], eu ecoei.
| Anne | [Sim. Para aquele que está silenciosamente tomando medidas para preservar a existência daquele homem... O homem que se recusa a subir ao palco. Ele mudou o destino deste país de uma forma menor, mas muito real]

Ela passou a mão levemente sobre o punho da espada larga. Seu olhar não estava focado no presente, memórias de seus dias na Floresta Negra provavelmente estavam rolando diante de sua mente.

| Anne | [Você quer ouvir?], ela perguntou.
| Reporter | [Sim, claro]

Ela assentiu lentamente, me dando permissão, e eu me apressei para pegar minhas anotações e utensílios de escrita.