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Arquivos de Casos das Grandes Detetives Farufa e Sharusha







CENA 0


Azusa entra na casa na cozinha das terras altas.

AZUSAUuugh, ter que andar todo o caminho da sala de fabricação de remédios até a cozinha para pegar água é uma chatice. Eu realmente deveria começar a trazer toda a água que preciso antes de começar a trabalhar... Agora que estou aqui, está estranhamente quieto na sala de jantar hoje. Faz muito tempo que não parece tão deserto aqui. Sei que a Rosalie disse que ia para Nascúte hoje, mas onde todas as outras poderiam estar?
HARUKARAUgh... Sniffle...
AZUSAHuh?! Tem alguém aqui?

Azusa procura pela sala.

HARUKARAUgh... A dor...
AZUSAAaaah! Harukara está deitada no chão! Aquele jarro deve ter batido na cabeça dela!

Farufa e Sharusha ouvem a voz da Azusa e vêm correndo.

FARUFA — O que foi, mamãe?!
SHARUSHA — Parece que houve um acidente terrível.
AZUSAAh, Farufa, Sharusha! Isso mesmo, é terrível! Parece que a Harukara foi atingida na parte de trás da cabeça por uma jarra, de alguma forma...
FARUFA — Harukara...? I-isso é horrível!
SHARUSHA — Parece que a jarra foi jogada nela por trás.
HARUKARAU-ugh... H-help mheee...

Som de um lampejo de inspiração.

SHARUSHA — Isso cheira... a um caso.
FARUFA — Isso mesmo! Vamos resolver esse mistério juntas, Sharusha! Seremos como as personagens desses livros!
SHARUSHAAh! Irmã, essas são... A Detetive Infantil da Loja de Doces?!
FARUFA — Isso mesmo! Elas são sobre um detetive infantil cujos pais administram a loja de doces local! A detetive resolve todos os tipos de casos de assassinato, e seus pais os recompensam com doces no final de cada história! É uma série super popular!
AZUSA — Parece bem adequado para crianças, exceto pela parte sobre os assassinatos. É meio difícil dizer quem é o público-alvo, huh...?
SHARUSHA — Sharusha também leu a série, é claro. O Caso dos Biscoitos muito Cozidos, em que os funcionários da loja de doces morrem um após o outro em circunstâncias misteriosas, foi particularmente bem escrito.
FARUFA — Farufa ficou tão surpresa quando descobri que o assassino estava se desfazendo de todas as evidências comendo os biscoitos que eles usavam para matar pessoas!
AZUSA — Não é estranho ter doces como arma do crime em uma série onde doces também são como o detetive é pago...?
FARUFA — Vamos pegar o bandido, assim como fazem nos livros!
SHARUSHA — Entendido. Temos corpos de crianças, mas mentes de estudantes universitárias, então a Sharusha tem certeza de que essa tarefa não está além de nós.
AZUSA — Quero dizer, tudo isso é verdade... Você pode realmente resolver isso.
HARUKARA — A-antes disso... Magia de cura... Por favoooooor...

O título da história é lido em voz alta.




CENA 1


AZUSAWhew... Tudo bem, lancei um pouco de magia de cura na Harukara e a mandei para a cama por enquanto.
LEICA — É um alívio saber que a vida dela não está em perigo. Eu estava na cozinha há poucos momentos e nem a vi...
AZUSA — Sério? Bem, ela caiu atrás da mesa em um lugar meio difícil de ver. De qualquer forma, ela vai se levantar e se movimentar em breve, então vamos deixá-la descansar por enquanto.
BEELZEBUB — Você disse que ela foi atingida na nuca por um jarro? Quem poderia ter feito uma coisa dessas?
AZUSA — Não faço ideia. Ainda não descobrimos quem é o culpado.
LEICA — Pode ser, então, que uma de nós tenha cometido essa atrocidade. Por mais que me entristeça considerar a possibilidade...
BEELZEBUB — Eu não poderia ter dito melhor. E pensar que elas usariam o jarro que eu trouxe aqui como lembrança, dentre todas as coisas! Por que não bater nela com uma panela ou um vaso, como um assassino sensato?! Tenha um pouco de decência!
AZUSA — É com essa parte que você está chateada?!
BEELZEBUB — É bem dentro dos meus direitos ficar chateada com isso! Elas transformaram a boa vontade de um demônio em uma arma e a usaram para o mal! Que demoníaco da parte delas!
AZUSA — Isso é um pouco? Você está esperando que eu aponte o quão bobo isso soou?
FARUFA — Todo mundo, fiquem quietas, por favor!
AZUSAHuh? O quê? Você descobriu alguma coisa, Farufa?
BEELZEBUB — Mas é claro que vou ouvir o que minhas queridas meninas têm a dizer! Meus lábios estão selados.
AZUSA — Quantas vezes eu disse para você não chamá-las de suas meninas? Farufa e Sharusha são minhas filhas!
BEELZEBUB — Como é justo que você fique com as duas? É ganancioso, pura e simplesmente!
AZUSA — E daí, você prefere separá-las? Isso seria tão triste! De jeito nenhum vou entregar minhas filhas para alguém que não tem os melhores interesses delas no coração!
BEELZEBUB — Como eu disse muitas, muitas vezes, eu ficaria feliz em ficar com as duas!
AZUSA — E como eu disse muitas, muitas vezes, isso não vai acontecer!

O tempo passa.

SHARUSHA — ... Todas vocês levaram quinze segundos inteiros para se acalmarem.
AZUSA — Você parece uma diretora dando uma palestra para seus alunos em uma assembleia escolar, Sharusha...
SHARUSHA — Isso porque Sharusha estava citando uma professora que aparece em A Detetive Infantil da Loja de Doces.
AZUSA — Então você realmente estava tentando agir como uma professora!
SHARUSHA — No segundo volume, essa professora é espancada até a morte com um torrão de açúcar. O assassino come o torrão de açúcar depois, destruindo todas as evidências de seu crime.
AZUSA — Todos esses mistérios dependem do criminoso comer as evidências...?
FARUFA — Escutem, pessoal! Harukara foi atingida na cabeça com um jarro por um agressor misterioso!
SHARUSHA — Considerando as circunstâncias, é seguro assumir que o perpetrador é alguém que estava aqui na casa no momento do crime. Em outras palavras, esta casa é efetivamente um quarto trancado!
AZUSA — Exceto que a porta da frente está aberta. Literalmente não está trancada.
FARUFA — Mas o mistério será muito melhor se for um quarto trancado, mamãe!
BEELZEBUB — É verdade mesmo! Você está absolutamente certa, Farufa.
AZUSA — Deixe-me adivinhar: agora você está tentando ser a tia legal que mima os filhos de outra pessoa...
FARUFA — Farufa e Sharusha vão resolver esse mistério juntas!
SHARUSHA — Você pode nos chamar de Grandes Detetives Farufa e Sharusha.
LEICA — Devo entender que vocês duas querem brincar de detetive?
FARUFA — Não estamos brincando! Somos detetives de verdade!
SHARUSHA — Nós revelaremos a verdade, não importa o custo. Sharusha apostará os nomes de inúmeros slimes sem nome nisso.
AZUSA — Você não disse que os slimes não tinham nome?
FARUFA — Pare de implicar, mamãe!
SHARUSHA — Isso mesmo. Tudo está bem quando acaba bem.
AZUSA — Eu não acho que detetives devam ser tão aleatórias...
FARUFA — De qualquer forma, deixe conosco!
SHARUSHA — Sharusha e Farufa revelarão a verdade, não importa o quão bem ela esteja escondida.

FARUFA - NARRAÇÃOE então Farufa e Sharusha transformaram nosso quarto em uma câmara de interrogatório e começaram a chamar as suspeitas uma por uma.



CENA 2


Interrogatório da Suspeita #1: Beelzebub.
Farufa e Sharusha chamam a Beelzebub para seu quarto.

BEELZEBUB — Okay, Farufa e Sharusha, estou entrando! Oh, vejo que vocês moveram sua mesa para o centro da sala! E vocês colocaram uma lâmpada sobre ela também. É bem apropriado para uma câmara de interrogatório, de fato.

Beelzebub se senta.

FARUFA — Primeiro, Farufa gostaria de ouvir seu lado da história, Senhorita Beelzebub.
SHARUSHA — Conte-nos a verdade pura e simples. Os deuses estão observando, e eles saberão se você mentir.
BEELZEBUB — O olhar dos seus deuses significa pouco para um demônio como eu, mas muito bem. Oferecerei minha total cooperação! Ah, claro! Na sociedade demoníaca, é tradicional que os interrogadores ofereçam aos suspeitos um prato conhecido como kadzudahn antes do início do interrogatório. Devo fazer um pouco para nós? A parte dahn de kadzudahn, aliás, significa 『deserto』. Em outras palavras, oferecer o prato significa que o suspeito não tem mais para onde correr!
FARUFA — Não desta vez, Senhorita Beelzebub.
SHARUSHA — Sharusha e Farufa estão levando nossa busca pela culpada a sério.
BEELZEBUB — E-entendo... Muito bem, então. Também serei séria.
FARUFA — Então, para começar, aqui está sua primeira pergunta: Senhorita Beelzebub, você pode nos contar sobre o jarro que foi usado como arma no ataque a Senhorita Harukara?
BEELZEBUB — Eu trouxe aqui comigo como uma lembrança. É conhecido como um Jarro da Dor. Se você encostar seu ouvido nele, ouvirá um barulho que soa exatamente como as lamentações abissais de tristeza dos mortos. É feito de metal, a propósito, e não quebrou quando atingiu o crânio da Harukara.
SHARUSHA — Algo sobre isso parece muito estranho para a Sharusha. Por que você decidiu trazer um jarro estranho e assustador como esse como lembrança?
BEELZEBUB — Estranho e assustador...?! Esses jarros são amuletos da sorte para nós, demônios! Dizem que os lamentos dos mortos afastam qualquer um que se aproxime de você com más intenções! Portanto, é uma proteção contra espíritos malignos e não é de forma alguma estranho ou assustador!
FARUFA — Interessante. 『O jarro não é estranho ou assustador』 — pronto! Farufa escreveu.
BEELZEBUBAh, então você pensou em tomar notas? Excelente!
SHARUSHA — Sharusha gostaria de passar para a próxima pergunta. Como você classificaria a capacidade ofensiva desse jarro?
BEELZEBUBUh... Bem, erm, essa parece uma perspectiva estranha de se tomar. O jarro não é uma arma — não foi feito para ser jogado em ninguém. Portanto, não tenho uma resposta clara sobre sua capacidade ofensiva.
FARUFA — 『Capacidade ofensiva: desconhecida』! Farufa anotou.
SHARUSHA — Bem, então, Sharusha passará para a pergunta final e mais importante.
BEELZEBUB — Muito bem... O que seria?
SHARUSHA — Senhorita Beelzebub, onde você estava e o que estava fazendo no momento em que a Senhorita Harukara supostamente foi atacada?
BEELZEBUB — Coloquei o jarro na mesa quando cheguei, então fui imediatamente para o seu quarto para brincar com vocês duas. Estamos juntas desde cedo esta manhã — em outras palavras, vocês duas são testemunhas que provam minha inocência.

Farufa e Sharusha suspiram.

FARUFA — ... É verdade. Farufa e Sharusha estavam brincando com ela o tempo todo.
SHARUSHA — ... É o álibi perfeito. Não há como discutir.
BEELZEBUB — E eu, por exemplo, ficaria mais do que feliz em retomar nosso encontro para brincar! O que faremos a seguir? Trouxe todos os tipos de jogos comigo! E você sabe, vocês podem jogar todos os jogos que quiserem, quando quiserem, se vocês se tornarem minhas filhas!
SHARUSHA — Beelzebub não é nossa criminosa, irmã.
FARUFA — Você está certa. O álibi dela é incontestável. Nós jogaremos mais jogos com você depois que resolvermos esse mistério, Senhorita Beelzebub. Por enquanto, por favor, saia.
BEELZEBUBNããão! A dor da rejeição... Ah, isso me lembra! Eu tenho exatamente o que preciso — mas, hmm, onde eu coloquei? Oh, onde estava?
SHARUSHA — Não é hora para jogos. Esperamos que você entenda.
BEELZEBUB — Ta-daaaa! Uma variedade de doces que comprei só para vocês!
SHARUSHA — ... Irmã, dizem que você não pode lutar com o estômago vazio.
FARUFA — Sim, e também que comer doces faz sua mente trabalhar mais rápido! Os lanches são importantes!
BEELZEBUB — De fato, de fato! Comam e cresçam bem... Na verdade, não precisam crescer. Vocês são tão fofas quanto podem ser do jeito que vocês são!

SHARUSHA - NARRAÇÃOOs doces que a Senhorita Beelzebub nos deu estavam deliciosos. Em seguida, chamamos Leica para a câmara de interrogatório.




CENA 3


Interrogatório da Suspeita #2: Leica.
Farufa e Sharusha chamam Leica para o quarto delas.

LEICA — Com licença, estou entrando agora... Muito obrigada por me receber...
FARUFA — Você não precisa tratar isso como uma entrevista, Irmã Leica.
SHARUSHA — Fique calma e responda às nossas perguntas claramente, e tudo ficará bem.

Leica se senta.

LEICA — Eu certamente gostaria de permanecer calma, sim, mas depois do que aconteceu com a Senhorita Harukara... Bem, temo que pode ser difícil para mim manter a compostura. Quem poderia ter cometido um ato tão horrível e covarde...? E atacá-la por trás, nada menos! Estou tão furiosa que parece que eu poderia cuspir chamas neste exato momento!
FARUFA — Não solte fogo, por favor! Você vai queimar a casa...
SHARUSHA — E se a casa queimar, sofreremos danos ainda piores do que a Harukara sofreu. Por favor, controle-se.
LEICAAh, minhas desculpas! Deixei meu temperamento levar a melhor sobre mim.
FARUFA — Em A Detetive Infantil da Loja de Doces, o culpado de 『O Caso dos Biscoitos Assados Demais』 queimou a loja no final da história, mas o crime que estamos investigando hoje não é tão grande assim.
LEICA — Devo entender que a história continua de alguma forma depois que a loja de doces queima...?
SHARUSHA — Eles reconstroem a loja no próximo volume, então tudo acaba bem! Esse é o volume em que todos os corretores imobiliários da cidade começam a morrer misteriosamente um após o outro.
LEICA — Temos certeza de que não há uma maldição terrível sobre aquela loja de doces...?

O tempo passa.

FARUFA — Tudo bem, Irmã Leica. Farufa quer que você nos conte o que estava fazendo quando a Senhorita Harukara foi atacada.
SHARUSHA — Sharusha quer saber isso também. No final das contas, só pode haver uma história verdadeira.
LEICA — Eu estava na sala de fabricação de remédios, ajudando a Lady Azusa com seu trabalho. Acredito que a Lady Azusa estará disposta a confirmar isso.
SHARUSHA — E você já saiu daquela sala e foi para a sala de jantar?
LEICAUmmm... E-eu saí, sim. Fui até a cozinha para buscar água, então passei direto pela sala de jantar no meu caminho.

Som de um lampejo de inspiração.

FARUFA(EM UM TOM LEVEMENTE BELIGERANTE)Oh, sério? Então você passou pela sala de jantar e não percebeu se a Senhorita Harukara estava lá dentro?
LEICA — Bem, eu... eu não conseguia vê-la, já que ela estava no chão. Eu nunca imaginei que ela estaria deitada no chão da sala de jantar, então não me ocorreu verificar...
FARUFA(EM UM TOM LEVEMENTE BELIGERANTE)Hmm. Isso parece estranho, no entanto. Você está agindo como se soubesse que a Senhorita Harukara estava deitada lá quando você foi buscar água, mas se você não a viu, então como você poderia saber se ela tinha sido atacada ou não? Muito, muito estranho!
LEICA — ... Quem você está tentando imitar, exatamente?
SHARUSHA — Farufa está imitando os padrões de fala do personagem principal de Pulpatany Doublon: o Melhor Detetive, um romance considerado por muitos uma obra-prima. Pulpatany Doublon fala de uma maneira muito beligerante.
LEICA — E-entendo... M-mas de qualquer forma, juro que não fiz isso!
FARUFA(EM UM TOM LEVEMENTE BELIGERANTE) — Mas você poderia ter feito isso. Você teve a oportunidade, e não tem álibi para provar que não fez, tem? Além disso, são sempre os puritanos que acabam sendo os culpados por esse tipo de crime. Isso significa que a pessoa mais puritana da casa nas terras altas é nossa criminosa, e essa é você, Irmã Leica!
SHARUSHA — Irmã, você está sendo muito agressiva. Temos que fornecer evidências que provem que ela é culpada primeiro.
LEICA — C-como eu disse antes, eu não fiz isso. Não tenho nada contra a Senhorita Harukara e nenhuma razão para atacá-la!
FARUFA(EM UM TOM LEVEMENTE BELIGERANTE) — Bem, então vamos fazer outra pergunta: esse jarro é pesado?
LEICA — É, sim. Não é problema para um dragão como eu, mas é pesado o suficiente para que você ou a Sharusha tenham dificuldades em levantá-lo.
FARUFA(EM UM TOM LEVEMENTE BELIGERANTE)Oh-ho? Agora me diga — por que você sabe quanto pesa esse jarro, eh?
LEICAAh!
SHARUSHA — Você sabe quanto pesa a arma. Isso pode ser visto como evidência conclusiva contra você.
LEICA — Não é o que você pensa! Eu só vi o jarro na mesa e decidi tentar levantá-lo, só isso... Ah, mas espere. Isso significa que quando eu vi o jarro, a Senhorita Harukara ainda não tinha voltado para casa e sido atingida por ele, não é...?
FARUFA(EM UM TOM LEVEMENTE BELIGERANTE)Hmm? Pensei que você disse que não podia vê-la porque ela estava no chão. Parece que você está se contradizendo, não é?
SHARUSHA — Quando a história de um suspeito se contradiz, é melhor presumir que algum aspecto dessa história é falso.
LEICA — Esperem um momento, vocês duas, por favor! Eu só disse que não podia vê-la no começo porque estava envolvida no momento, só isso... É verdade, eu juro! Por favor, acredite, em mim...
FARUFA(EM UM TOM LEVEMENTE BELIGERANTE) — Desculpe, mas é o trabalho de um detetive descobrir em quem se pode ou não confiar, você sabe?
SHARUSHA — Sharusha aconselha você a contar toda a verdade e nada além da verdade. Não é tarde demais para você. Se você se desculpar agora, tudo isso pode acabar.

Leica se levanta rapidamente.

LEICA — Juro pelo nome de todas as divindades deste mundo que não machuquei nem um fio de cabelo da Senhorita Harukara! Huff, huff...

O tempo passa.

FARUFA — ... Bem, se ela está disposta a ir tão longe...
SHARUSHA — É difícil acreditar que ela possa estar mentindo. A verdadeira criminosa deve ser outra pessoa.
LEICA — Então vocês acreditam em mim? Estou tão feliz em ouvir isso.
FARUFA — Bem, é claro! Afinal, você nunca mentiu para a Farufa.
SHARUSHA — Se julgarmos seu caso com base em se você é uma mentirosa ou não, então a resposta é clara. Portanto, declaramos você inocente.
LEICA — E eu lhe asseguro que continuarei a viver o mais sinceramente e conscientemente possível para manter essa confiança!

FARUFA - NARRAÇÃOSabíamos desde o início que Leica era honesta demais para cometer esse tipo de crime. Era hora de chamar nosso último suspeito para a câmara de interrogatório. A mulher que encontrou o corpo: mamãe!




CENA 4


Interrogatório da suspeito nº 3: mamãe.
Farufa e Sharusha chamam Azusa para o quarto deles.

AZUSA — Okay, estou entrando agora! Ooh, vocês realmente acertaram em cheio na aparência de uma sala de interrogatório, huh?
FARUFA — Desculpe, mamãe, mas não podemos deixar que o fato de você ser nossa mamãe e amarmos você atrapalhe nossa investigação.
SHARUSHA — Não podemos nos permitir considerar fatores atenuantes.
AZUSA — Sou só eu ou é o tipo de coisa que um juiz diria antes de dar um veredito...? Bem, de qualquer forma, eu fui a primeiro a chegar na cena do crime, então vou te contar tudo o que sei. Eu estava fazendo remédios com a Leica e percebi que precisava de água. Eu tinha acabado de mandar a Leica buscar água um pouco antes, então agora era minha vez, e fui até a cozinha para pegar um pouco. Foi quando ouvi alguém gemendo na sala de jantar. Fui ver o que estava acontecendo e encontrei a Harukara caída perto da mesa, com aquele jarro caído no chão por perto!
FARUFA — Anotando isso, anotando isso! A propósito, mamãe, o que você acha da teoria de que o jarro era a arma? Tem certeza de que está certo?
SHARUSHAOh! Sharusha não tinha considerado que poderia haver uma arma diferente, mas é verdade! O jarro poderia ter sido uma pista falsa o tempo todo! Você é incrível, irmã!
FARUFAHeh-heh! Farufa é uma ótima detetive, afinal!
AZUSA — Sim, hum, considerando o tamanho do galo na cabeça da Harukara e o dano no jarro, acho que é bem seguro assumir que foi o que a atingiu. Eu verifiquei isso quando a estava curando.
FARUFA — Okay, então acho que podemos dizer que o jarro foi a arma, afinal.
SHARUSHA — Sim! Sharusha sente que estamos chegando mais perto do cerne deste caso. Por que o perpetrador usou o jarro como arma? Ninguém sabia que a Senhorita Beelzebub o traria aqui esta manhã, e ela deixá-lo na mesa da sala de jantar foi uma questão de sorte aleatória.
FARUFA — Então... Oh! O criminoso simplesmente viu o jarro e aproveitou a chance para atacar a Senhorita Harukara com ele! Isso... foi um crime de oportunidade!
AZUSAOoh, boa investigação, vocês duas! Vocês estão parecendo detetives de verdade!
FARUFA — Não estamos brincando de faz de conta, mamãe!
SHARUSHA — Temos que encontrar a criminosa, pelo bem da lei e da ordem nesta casa.
AZUSA — Okay, eu sei. Desculpe por provocar vocês.
SHARUSHA — Isso é como em A Detetive Infantil da Loja de Doces, quando o protagonista tem que trabalhar duro para encontrar o culpado e trazer a paz de volta à sua cidade depois que cinquenta pessoas misteriosamente aparecem mortas.
AZUSA — Que cidade assustadora! Todos que moram lá deveriam se mudar! De qualquer forma, vocês encontraram alguma boa pista sobre quem pode ter atacado a Harukara?
SHARUSHA — Sharusha pensa... chegou a hora de eu me concentrar.
AZUSAHuh? Por que você fechou os olhos, Sharusha? Você está com sono? É hora da soneca?
FARUFA — Não, não é isso, mamãe! Sharusha está meditando. Ela fechou os olhos para ajudar a se concentrar para que ela possa deduzir a verdade por trás deste incidente.
AZUSA — Desde quando essa é uma das habilidades da Sharusha?!
SHARUSHA — A mente da Sharusha está clara. A mente da Sharusha está clara... A mente da Sharusha está clara... Sharusha não está pensando em nada, em nada mesmo...
AZUSA — Como ela vai descobrir quem é a criminosa se ela não está pensando...?
FARUFA — Mamãe, você não deve distraí-la.
AZUSA — Certo... Vou ficar quieto...

Som de um lampejo de inspiração.

SHARUSHA — ... Sharusha sabe quem fez isso!
AZUSA — O quê, sério? Isso é incrível, Sharusha! Sua mãe está tão orgulhosa de você agora!
SHARUSHA — A culpada... é você, mãe!
AZUSA — O quêeee?! Eu?!
FARUFA — Você deveria saber que é ruim bater nas pessoas, mamãe! Você tem que pedir desculpas à Senhorita Harukara depois, okay?
AZUSA — Mas eu não fiz isso! E eu não acho que tentativa de homicídio seja algo que você possa amenizar com um pedido de desculpas também.
SHARUSHA — Deixe Sharusha explicar o truque que quase deixou você escapar. Isso pode levar algum tempo, mas, por favor, ouça até o final.
AZUSA — Okay, então. Eu vou ouvir, e depois que você terminar, eu vou expor meu caso e apontar quaisquer partes que não se encaixem. Eu quero ajudar vocês duas a resolver o caso, mas não se isso significar assumir a culpa eu mesma!
SHARUSHA — Quando você foi até a cozinha para pegar água, viu a Senhorita Harukara na sala de jantar. Você teve um momento repentino de raiva, bateu nela com o jarro que pegou da mesa próxima, então fingiu encontrar o corpo dela e chamou todas para vê-lo. Foi isso.
AZUSA — Isso quase não levou tempo algum! E não houve nem um truque! Por que eu teria um momento repentino de raiva de qualquer maneira? Eu nunca surtei sem motivo antes!
SHARUSHA — Humanos simplesmente surtam às vezes.
FARUFAMm-hmm! Você nunca pode ter certeza total do que eles farão em seguida. É por isso que as pessoas nos romances sempre dizem coisas como 『Ele era uma pessoa tão legal e quieta. Não acredito que ele faria algo tão terrível...』
AZUSA — Eu realmente não acho que 『Você nunca pode ter certeza total do que eles farão em seguida』 tenha uma nuance tão extrema, geralmente...
SHARUSHA — Quanto ao que pode ter te deixado irritada, por exemplo... pode ter sido os peitos da Senhorita Harukara!
FARUFAOoh, isso faz sentido. A mamãe sempre diz que gostaria de ter um peito como o da Senhorita Harukara.
AZUSA — Espera, espera! I-isso não é... Bem, okay, então eu posso estar com um pouco de ciúmes dos peitos da Harukara, claro. E sim, às vezes eu me pergunto quais possíveis fatores biológicos podem ter feito ela ser tão grande. Isso é tudo verdade, mas eu não bateria nela com um pote por isso!
SHARUSHA — Sharusha ainda tem mais evidências. Leica chegou na cozinha antes de você e disse que não fez isso. Isso significa que a única pessoa que sobrou sem um álibi que poderia ter cometido o crime... é você, mãe!
AZUSA — O quêee?! Objeção! Objeção! Leica também não tem um álibi, tem?!



FARUFA — Leica disse que nunca faria algo assim, então ela é inocente.
AZUSA — Por que vocês confiam na Leica, mas não em mim?! Isso é totalmente injusto! Aqui, eu também farei isso — eu nunca, jaaamais faria algo assim! E eu não fiz! E de qualquer forma, a porta nem estava trancada, então qualquer um poderia ter entrado furtivamente na casa, pelo que sabemos. Tipo, eu não estou dizendo que a Rosalie fez isso, mas ela é uma fantasma, então ela poderia facilmente ter voltado para casa silenciosamente, flutuado o jarro no ar e jogado na cabeça da Harukara.
FARUFA — Fazer de uma fantasma a culpada de um mistério é contra as regras, mamãe.
SHARUSHA — Uma reviravolta absurda como essa faria sua história ser ridicularizada.
AZUSA — Mas, quero dizer, fantasmas são reais! Nós até vivemos com uma! E magia é totalmente real também... De qualquer forma, deve haver algo que eu possa fazer para vocês pararem de me tratar como uma criminosa... Tudo bem, eu sei exatamente o que fazer! Sua mãe tem um truque na manga para momentos como esses!
FARUFA — Farufa acha que você deveria confessar e se desculpar, mamãe.
SHARUSHA — Como você pode olhar suas filhas nos olhos a menos que confesse seus crimes?
AZUSA — Estou literalmente olhando minhas filhas nos olhos agora!

Azusa se levanta.

AZUSA — Tudo bem, você começa, Sharusha. Prepare-se para um aperto!

Azusa abraça Sharusha.

SHARUSHAMnh... Você está tentando me nocautear com um mata-leão, mãe? Você está continuando sua onda de crimes?
AZUSA — Não, eu estou te dando um abraço! E só para você saber, se você admitir que eu não sou a culpada, eu vou continuar te abraçando pelo tempo que você quiser!
SHARUSHAUgh! Você faz um acordo difícil...

O tempo passa.

SHARUSHA — Mamãe não fez isso.
AZUSA — Obrigada, Sharusha! Acho que minha inocência está gravada em pedra agora!
FARUFA — Você não pode deixar a culpada te conquistar, Sharusha! Um verdadeiro detetive permanece forte, mesmo diante de suborno! Pense só — eles só comem doces em A Detetive Infantil da Loja de Doces depois que o caso já está resolvido!
SHARUSHA — ... Nós comemos os doces da Senhorita Beelzebub há pouco tempo.
FARUFAOh! Você está certa, nós comemos!
AZUSA — Okay, Farufa, sua vez! Se você admitir que eu não sou a culpada, eu te dou todos os abraços que você quiser!

Farufa corre para a Azusa.

FARUFA — Farufa te ama, mamãe!
AZUSA — Sim, sim! Vocês duas são as mais fofas! Super-ultra fofas!
SHARUSHA — Mas agora nossa investigação está de volta à estaca zero.
FARUFA — Quem poderia ser o verdadeiro culpado?

Houve uma batida na porta.

HARUKARA — Farufa, Sharusha, vocês estão aí? Estou melhor agora, então pensei em vir contar o que sei!
FARUFA — Sharusha!
SHARUSHA — Certo. Sharusha entende.
FARUFA — Você é a vítima neste caso de assassinato, Senhorita Harukara, então, por favor, conte-nos o que realmente aconteceu!
HARUKARA — Eu posso fazer isso, é claro... mas eu não sou realmente uma vítima de assassinato, sabe. Estou viva e bem.

FARUFA - NARRAÇÃOFarufa e Sharusha decidiram ouvir a história da vítima. Parecia que finalmente era hora da verdade por trás do mistério ser revelada.




CENA 5


Farufa e Sharusha ouvem a história da Harukara em seu quarto.

HARUKARA — Cara, aquele jarro caiu bem em cima de mim! Eu nem sabia que eles faziam jarros tão duros. Tenho quase certeza de que vi minha falecida avó acenando para mim de um campo de flores por um minuto! Mas foi aí que percebi que algo estava estranho, então disse a ela 『Desculpe, vovó, mas ainda estou viva!』. Então ela desapareceu, e a próxima coisa que percebi foi que estava acordada novamente.
SHARUSHA — Em outras palavras, o jarro realmente foi a arma.
HARUKARA — Uma arma? Isso é ir longe demais, eu acho! Embora eu ache que quase acabou comigo.
FARUFA — Acabar com você? O que quer dizer, Senhorita Harukara? Você já tinha sido atacada quando foi atingida pelo jarro?
HARUKARA — Bem, eu já estava deitada no chão quando ele caiu da mesa e me atingiu na cabeça.
"Farufa e Sharusha" O quê?!
SHARUSHA — Então... Talvez o culpado tenha te derrubado primeiro, depois feito o jarro cair em você para parecer um acidente!
FARUFA — Se foi isso que aconteceu, então todas são suspeitas de novo!
HARUKARAAh, não, não, de jeito nenhum! Vou explicar tudo, okay?

O depoimento da vítima revela a verdade.

HARUKARA — Eu estava de folga hoje, então depois do almoço, decidi dar uma volta pela cidade e fazer algumas compras. Enquanto estava fora, acabei em um pub e decidi tomar uma bebida, porque, bem, por que não?
FARUFA — Isso definitivamente parece com você, Senhorita Harukara.
HARUKARA — Mas foi aí que a coisa mais estranha aconteceu!
SHARUSHA — A coisa mais estranha? Você encontrou algum tipo de fenômeno paranormal?
HARUKARA — Eu ia tomar apenas uma bebida no começo, mas antes que eu percebesse, eu já tinha tomado seis!
FARUFA — Você não tem autocontrole!
HARUKARA — Eu já estava bêbada, mas decidi voltar para a casa nas terras altas de qualquer maneira. Você não acreditaria o quanto essa caminhada parece longa quando você está um pouco bêbada! Mas, bem, eu consegui voltar bem. Eu estava cansada demais para ir para o meu quarto depois que voltei, e foi assim que acabei tirando um cochilo no chão da sala de jantar.
SHARUSHA — Sharusha não acha que isso parece muito higiênico.
HARUKARAAh, está tudo bem! Álcool é um desinfetante, afinal! Hee-hee — entendeu? Mas, falando sério, eu estava tentando o meu melhor para ficar de pé! Uma das pernas da mesa estava bem ao meu lado, então tentei usá-la como apoio para me levantar. Isso deve ter feito a mesa balançar, no entanto...
FARUFA — E foi isso que derrubou o pote!
HARUKARA — Você entendeu! Algo me atingiu bem na nuca, e eu estava no chão! Graças a Deus minha professora passou pela cozinha e me notou.
FARUFA — ... Bem, acho que esse mistério está resolvido, Sharusha.
SHARUSHA — Foi uma luta longa e difícil, irmã.
HARUKARAHuh? Por que vocês duas estão me olhando desse jeito? Vocês estão me assustando!
FARUFA — Isso significa, em resumo...
SHARUSHA — A culpada...
FARUFA E SHARUSHA — ... foi você, Senhorita Harukara!
HARUKARAHuh? O que vocês querem dizer com a『a culpada』? Não me lembro de ter feito nada de ruim hoje...
SHARUSHA — Seu crime é não ter autocontrole para impedir que uma bebida se transforme em seis.
FARUFA — E também causar um monte de problemas para o resto de nós!
SHARUSHA — Você está presa.

Farufa e Sharusha amarram as mãos de Harukara com corda.

HARUKARAHuh? Espere, o que vocês duas estão fazendo com essa corda? Por que vocês estão amarrando minhas mãos?
FARUFA — Farufa prendeu a criminosa!
SHARUSHA — Leve-a para a sala de jantar. Vamos fazer dela um exemplo.
HARUKARA — Espere, não, me desculpe! Vou confessar! Na verdade foram oito drinques, não seis!

SHARUSHA - NARRAÇÃOO criminoso foi desmascarado, e a paz retornou à casa nas terras altas... mas não havia como dizer quando outro incidente terrível aconteceria e tiraria os sorrisos de nossos rostos. Os Grandes Detetives Farufa e Sharusha continuariam lutando para proteger a felicidade do povo das forças do mal.





CENA 6


Casa nas terras altas - sala de estar.

AZUSAHmm... Então deixe-me ver se entendi: a razão pela qual você caiu foi porque você bebeu demais de novo, certo?
HARUKARA — Sim, Senhora Professora... Sinto muito por causar tantos problemas a você e a todas as outras... Isso foi tudo culpa minha, e estou envergonhada de mim mesma...
AZUSA — Bem, você se desculpou e tudo, então acho que podemos chamar tudo isso de água passada.
FARUFA — Isso mesmo! Odeie o crime, mas ame a criminosa!
SHARUSHA — Incidentes como esse são assustadores porque não sabemos como aconteceram. Quando descobrimos a verdade, eles geralmente são bem estúpidos.
LEICA — Tenho que concordar que essa foi uma explicação decepcionantemente banal.
BEELZEBUB — Eu nunca pensei que o jarro que trouxe de lembrança seria usado assim... Embora talvez usado não seja a palavra certa aqui.
HARUKARA — Aquele jarro era muito mais duro do que eu pensei que seria...
BEELZEBUBHmm. Talvez seja uma arma surpreendentemente adequada.
AZUSA — Eu não acho que gosto da ideia de decorar minha casa com armas em potencial... Mas, de qualquer forma, acho que todas podemos concordar que esse caso está encerrado! Que tal todas nós nos reunirmos para um jantar agradável hoje à noite? Bebemos muito — com e sem álcool — e a Rosalie deve voltar de Nascúte esta noite, então ela poderá se juntar a nós.
FARUFAYaaay!
SHARUSHA — Sharusha gosta dessa ideia.
HARUKARA — É hora de beber!
AZUSA — Você já bebeu o suficiente hoje, Harukara, então nada para você.
HARUKARA — M-mas não... Eu consigo segurar mais algumas bebidas, sério! Eu prometo!
LEICA — Senhorita Harukara... Eu apreciaria se você ao menos fizesse um esforço simbólico para resistir à tentação.
AZUSAAh, e eles sempre têm doces depois que resolvem um caso em A Detetive Infantil da Loja de Doces, certo? Então eu estava pensando que poderíamos ir até Furata e pegar alguns doces para nós!
FARUFA — Viva! Farufa te ama, mamãe!
SHARUSHA — As pessoas precisam de recompensas como incentivo. Sharusha é muito grata.
BEELZEBUB — Bem, nesse caso, terei que trazer uma variedade ainda maior de doces comigo na próxima vez que eu for visitar!
AZUSA — Melhor isso do que outro jarro assustador de qualquer maneira...
BEELZEBUBHmm? Falando nisso, o Jarro da Lamentação que atingiu a Harukara está levemente amassado, não está...?
AZUSAAh, não. Espero que essa coisa não seja muito cara. Então eu me sentiria mal por ela ter sido danificada.
BEELZEBUB — Não, não é uma questão de despesa...
LEICA — Então há algum outro motivo pelo qual ela ser danificada ser um problema?
BEELZEBUB — Veja bem, um Jarro da Lamentação... é dito para amaldiçoar aqueles que lhe fazem mal.
HARUKARAHuh? Espere... Você não quer dizer...?

Uma aura profundamente amaldiçoada se manifesta.

HARUKARAHum, com licença, pessoal? Por que vocês estão me olhando desse jeito...? Ah, vamos lá, estou bem, viu? Apenas olhem para mim! Eu não pareço amaldiçoada, pareço?... Ugh! Meu peito! Meu peito, dói!
LEICA — O rosto dela está ficando azul! Espera, não, roxo!
HARUKARAAaaugh! Meu peito! Meu peeeiito!
BEELZEBUB — É a maldição! Ela tomou conta dela!
AZUSA — Primeiro, nunca mais nos traga nada amaldiçoado como lembrança! Ugh, preciso dissipar isso agora mesmo...
HARUKARA — Meu peito está sendo comprimido... É como se uma força invisível o estivesse apertando...!
AZUSAOh, seu peito está sendo comprimido, huh? Talvez devêssemos deixar a maldição fazer seu trabalho, afinal.
HARUKARA — O que isso quer dizer, Senhora Professora?! Faça algo sobre isso, por favor!
LEICA — Talvez, já que o jarro foi amassado, sua maldição esteja tentando amassar o peito da Senhorita Harukara da mesma maneira? Olho por olho, como dizem. É justo.
HARUKARA — Não, não é! Me ajudem, por favor!

O tempo passa.

FARUFA — Ei, Sharusha?
SHARUSHA — O que foi, irmã?
FARUFA — Farufa acha que detetives podem ser inúteis em um mundo com maldições reais.
SHARUSHA — Nada é certo neste mundo. Uma frase ensinada por uma certa seita me vem à mente: 『Todas as coisas mundanas são impermanentes, e tudo com forma é vazio』
AZUSAOh? Vocês duas terminaram de brincar de detetive, então?
SHARUSHA — Por mais impotentes que sejamos, podemos pelo menos juntar as mãos em súplica. Vamos oferecer nossas orações pelo bem da Senhorita Harukara.
FARUFA — Farufa concorda. Melhore logo, Senhorita Harukara! Melhore logo! Dor, dor, vá embora!
HARUKARAHum, orações são legais e tudo mais... mas se possível, eu realmente gostaria que você use alguma magia antimaldição em mim também, Senhora Professora!


O Fim


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